O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) expressaram nesta segunda-feira (16/10) solidariedade ao fundador de Opera Mundi, Breno Altman, após ameaças de “radicais pró-Israel por conta de seu trabalho jornalístico”.
As organizações denunciaram que Altman foi “alvo de covardes ataques”. A declaração ocorre após o site Brasil 247 tornar público mensagens que constam ameaças de agressões e de retaliações, além de insultos ao jornalista.
O comunicado defende que Altman “compartilha em seus canais informações que denunciam a brutal ofensiva das Forças Armadas de Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza”.
“Diante da necessidade da pluralidade da circulação de informações e do papel jornalístico de fortalecer o debate público, é necessário que o noticiário também contemple as vozes palestinas em meio ao conflito, uma tarefa realizada por Altman e pelo Opera Mundi“, disse a nota.
O SJSP e a Fenaj também se solidarizaram com outros profissionais e reforçaram a necessidade de um “imediato cessar-fogo e pela abertura de negociações de paz que de fato sejam isonômicas e atendam a autoderminação dos povos da região”.
Felipe L. Gonçalves/Brasil247
Jornalista Breno Altman foi alvo de ameaças em grupo sionista
Leia nota na íntegra:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) vêm a público expressar solidariedade ao jornalista Breno Altman, alvo de covardes ataques e ameaças de grupos radicais pró-Israel por conta de seu trabalho jornalístico.
Fundador do site Opera Mundi, especializado em cobertura de temas internacionais, Altman compartilha em seus canais informações que denunciam a brutal ofensiva das Forças Armadas de Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza.
Diante da necessidade da pluralidade da circulação de informações e do papel jornalístico de fortalecer o debate público, é necessário que o noticiário também contemple as vozes palestinas em meio ao conflito, uma tarefa realizada por Altman e pelo Opera Mundi.
De acordo com reportagem do site Brasil 247, grupos de brasileiros radicais pró-Israel também atacam outras pessoas de origem judaica que defendem a causa palestina, como o jornalista Andrew Fishman e o professor Michel Gherman.
Outros profissionais de imprensa também relatam pressões e ataques virtuais por conta de seu posicionamento editorial diante do conflito que já deixou milhares de civis mortos em Israel e na Palestina.
O SJSP e a Fenaj reforçam suas posições públicas, em defesa do imediato cessar-fogo e pela abertura de negociações de paz que de fato sejam isonômicas e atendam a autoderminação dos povos da região.
Denunciamos os assassinatos de ao menos 12 jornalistas, mortos enquanto realizavam seu trabalho na cobertura do conflito. Jornalistas palestinos e de outros países historicamente têm sido alvos das Forças Armadas de Israel. É necessário que quaisquer profissionais de imprensa consigam exercer o seu trabalho com segurança, não sendo aceitável que se tornem alvos militares ou sofram qualquer tipo de impedimento para realizar a cobertura do conflito.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas