O porta-voz do Ministério da Saúde da Palestina, Ashraf Al-Qudra, afirmou no sábado (14/10) que as forças militares de Israel atacaram ao menos 15 hospitais e unidades de saúde da Faixa de Gaza. Ainda segundo ele, 23 ambulâncias também foram atingidas enquanto profissionais de saúde atendiam a vítimas da ofensiva israelense.
Em um comunicado divulgado, o porta-voz ministerial apelou à comunidade internacional que adote medidas capazes de persuadir o governo de Israel a não bombardear hospitais e áreas próximas a unidades de saúde.
“A ameaça de bombardear instituições de saúde sob os olhos do mundo expressa o comportamento criminoso sistemático da ocupação israelita”, declarou Al-Qudra, ao informar que parte das 15 instalações de saúde atingidas já não podem atender às milhares de vítimas do confronto entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Nas redes sociais, a assessoria do Ministério da Saúde da Palestina informou que ao menos 10 paramédicos morreram e outros 27 foram feridos enquanto trabalhavam, socorrendo as vítimas em território palestino, desde o início do conflito, há uma semana. A pasta também tem, recorrentemente, pedido que os cidadãos que puderem procurem um banco de sangue ainda operando a fim de doar sangue às vítimas do confronto.
Ministério da Saúde da Palestina
Ao menos 2.450 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram em Gaza por conta dos ataques
Caminhões de sorvete são usados como necrotérios
Um vídeo circula nas redes sociais mostrando que caminhões de sorvete estão sendo usados improvisadamente como necrotérios no Hospital dos Mártires, segundo o relato, em Gaza. A situação acontece para acomodar os corpos das vítimas dos bombadeios de Israel que atingem a região.
De acordo com a postagem, a maioria dos corpos são de mulheres e crianças. O homem que aparece mostrando o refrigerador diz que o necrotério do hospital é “pequeno e não pode acomodar o número grande de mortos e mártires”.
“Por isso, a administração foi forçada a trazer esses refrigeradores. Estamos entrando em colapso. A situação é realmente miserável. O hospital precisa de suporte”, disse.
Números oferecidos pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirma que 2.450 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram, outras 9.200 ficaram feridas, entre elas mais de mil mulheres e mais de duas mil crianças desde o começo da resposta de Israel à ofensiva do Hamas.
(*) Com Agência Brasil.