O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, sugeriu nesta quarta-feira (18/10) que o regime de Israel seja sancionado após os ataques ao centro Médico de Al-Ahli, no norte de Gaza, deixando mais de 500 vítimas.
“Depois do terrível crime do regime sionista no bombardeamento e massacre de mais de mil mulheres e crianças inocentes no hospital Al-Ahli chegou a hora da comunidade global agir contra este falso regime e sua máquina de matar, que são mais odiados que o Estado Islâmico (ISIS). O tempo acabou”, instou o chanceler por meio das redes sociais.
پس از جنایت هولناک رژیم صهیونیستی در بمباران و قتلعام بیش از هزار نفر از زنان و کودکان بیگناه در بیمارستان #المعمدانی زمان برای اتحاد جهانی بشریت علیه این رژیم جعلی منفورتر از داعش و ماشین کشتارش فرارسیده است.
!Time is OVER— H.Amirabdollahian امیرعبداللهیان (@Amirabdolahian) October 17, 2023
A exigência de Amirabdollahian foi repetida em um encontro à margem da reunião do Comitê Executivo da Organização de Cooperação Islâmica (OIC) em Jeddah, na Arábia Saudita, com seu homólogo do Kuwait , Xeique Salem Abdullah Al-Jaber Al-Sabah.
Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores do Irã criticou “a atrocidade perpetrada pelos sionistas em um ataque criminoso” ao hospital em Gaza, classificando o ato como “um crime de guerra e genocídio”.
Lembrando o ultimato que as Forças de Defesa Israelenses deram à população civil de Gaza na última sexta-feira (13/10), em deixar o território diante da iminente invasão do exército por terra, Amirabdollahian disse que “a tentativa dos sionistas de deslocar os habitantes de Gaza é uma ação perigosa e viola as leis e regulamentos internacionais estabelecidos”.
❇️ Iranian FM meets Kuwaiti counterpart in Jeddah, discusses Palestine
Iranian Foreign Minister Hossein Amirabdollahian met with his Kuwaiti counterpart on the sidelines of an extraordinary meeting of the Organization of Islamic Cooperation (OIC)’s Executive Committee.… pic.twitter.com/dLgr0wZxR3
— Iran Foreign Ministry ?? (@IRIMFA_EN) October 18, 2023
“Se os crimes de guerra e o genocídio em curso não cessarem pelo regime sionista, a situação em Gaza será ainda pior. A resistência na região toma decisões de forma independente e ninguém pode garantir que o status quo não mudará”, alertou o ministro.
De acordo com o jornal catari Al Jazeera, a sugestão de embargo de Amirabdollahian, em um comunicado no site do Ministério das Relações Exteriores do Irã, ainda envolveria um plano específico sobre petróleo e a expulsão de todos os embaixadores israelitas dos países membros da OCI. No entanto, o documento mencionado não está disponível em nenhuma plataforma da pasta.
Wikicommons
Exigência de Amirabdollahian foi repetida em um encontro à margem da reunião do Comitê Executivo da Organização de Cooperação Islâmica (OIC)
OCI condena crimes de Israel, mas sem sanções
Os países membros da OCI reuniram-se nesta quarta-feira (18/10) para uma reunião extraordinária emergencial em Jeddah para tratar da situação em Gaza. Apesar das sugestões de embargo a Israel feitas pelo Irã, a declaração final do encontro não menciona sanções ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Secretário-Geral da organização, Hissein Brahim Taha, agradeceu o apoio de todos os países ao povo palestina e condenou “com veemência o terrível massacre cometido por Israel por meio da ocupação da Palestina com o bombardeio do hospital”.
Taha ainda expressou “total solidariedade com povo palestino e apoio à sua luta legítima para alcançar seu direito à autodeterminação e estabelecer seu Estado independente e soberano”, pedindo também pela instalação de corredores humanitários.
In a statement to the OIC Executive Committee meeting to address Israel’s aggression against #Gaza, the #OIC Secretary-General strongly condemned the #Israeli state #terrorism against the “Baptist Hospital” and stressed that it is a war crime that must be punished. pic.twitter.com/G9pWWHqIxu
— OIC (@OIC_OCI) October 18, 2023
O secretário ainda reconhece que a atual agressão israelense à Gaza é consequência da “impunidade e evasão da responsabilidade Israel por suas políticas de assentamento colonial forçado”.
E apesar de considerar o ataque um “crime de guerra inconsistente com todos os valores humanos” e um “ato de terrorismo que exige responsabilização e punição”, Taha não faz menção concreta a nenhum tipo de embargo.