O governo dos Estados Unidos afirmou, neste domingo (28/01), que três militares norte-americanos foram mortos e outros 25 ficaram feridos, no nordeste da Jordânia, próximo à fronteira com a Síria, por um ataque de drone.
Logo após o ocorrido, a Casa Branca se pronunciou e alegou que a ação foi coordenada por uma “milícia apoiada pelo Irã”.
“Enquanto seguimos recolhendo os detalhes desse ataque, sabemos que ele foi realizado por grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, declarou o presidente Joe Biden, sem apresentar quaisquer provas.
De acordo com as informações divulgadas pelo Pentágono, a ofensiva teria atingido exatamente o local onde a base militar norte-americana estava estabelecida. No entanto, estas foram as únicas informações disponibilizadas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, até o momento.
Cerca de 2 mil soldados de Washington se consolidam em uma base aérea em Azraq, na Jordânia. Da mesma forma, forças de Operações Especiais, treinadores militares e funcionários que fornecem suporte ao exército norte-americano se baseiam em Al Tanf, na Síria.
Twitter/The Daily Mail
Ataque de drone atinge base militar dos EUA na Jordânia; três soldados norte-americanos morreram e 25 ficaram feridos
Segundo o jornal The New York Times, o objetivo das tropas situadas no Oriente Médio é, sobretudo, “ajudar nos esforços regionais para eliminar os remanescentes do Estado Islâmico”.
Ao chamá-los de “patriotas”, Biden ainda declarou que seus militares estavam “arriscando sua própria segurança pela segurança de seus cidadãos norte-americanos e de nossos aliados e parceiros com quem estamos na luta contra o terrorismo”.
Vale lembrar que o ataque de drones acontece no momento em que Israel e o Hezbollah, grupo libanês e aliado iraniano, se encontram em conflito na fronteira libanesa.
Segundo a emissora catari Al Jazeera, mais cedo, a Resistência Islâmica no Iraque – uma coligação de grupos alinhados com o Irã – havia declarado ter atingido três bases norte-americanas, localizadas na Síria, como “uma resposta aos massacres israelenses em Gaza”.
Em paralelo, o grupo Houthi, do Iêmen, também apoiado pelo Irã, tem lançado mísseis contra navios comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, em uma retaliação às operações coordenadas por Washington na região e aos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, que já causaram mais de 26 mil fatalidades.