Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O diplomata Riyad Mansour, embaixador da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e representante dessa entidade dentro da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou durante evento em Nova York, nesta quinta-feira (26/10) que a cifra de mortos em decorrência dos ataques israelenses à Faixa de Gaza superou a marca de sete mil.

O número corresponde às vítimas produzidas pelos bombardeios realizados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) desde o dia 7 de outubro, quando o governo de Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo palestino Hamas, e se baseia no informe entregue diariamente pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que atualiza as cifras de mortos e feridos pela guerra.

Além do número total de mortes, Mansour enfatizou o número de mortes de crianças, que superou a marca de três mil neste último informe.

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“Repito, três mil crianças, crianças inocentes, anjos mortos em Gaza durante as últimas três semanas”, reiterou o diplomata palestino, em um discurso emocionado, realizado durante sessão de emergência da ONU sobre o conflito no Oriente Médio.

Em outro momento do seu discurso, Mansour pediu uma ação urgente e efetiva do organismo, dizendo que “não há tempo para lamentar, mais mortes estão a caminho”.

Representante da Palestina na ONU confirmou cifras atualizadas de vítimas e pediu ação urgente e efetiva do organismo: ‘não há tempo para lamentar, mais mortes estão a caminho’

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Embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, pediu ação urgente e efetiva do organismo para proteger os residentes de Gaza

“Esta é a guerra que alguns de vocês defendem? Isto são crimes. Isto é uma barbaridade. Se não a pararem por todos os que foram mortos, parem-na por todos aqueles cujas vidas ainda podemos salvar”, implorou.

O embaixador palestino acrescentou que “essas cifras se referem apenas às vítimas já encontradas, acreditamos que há entre mil e duas mil pessoas debaixo dos escombros, talvez alguns ainda vivos, mas é difícil até mesmo o trabalho de resgate dessas pessoas em meio aos bombardeios que não cessam”.

Outro argumento usado por Mansour é que as mortes registradas se referem apenas a vítimas dos bombardeios. “Os 2,2 milhões de habitantes de Gaza não estão sofrendo com as bombas que caem na cidade, mas também com a falta de água, alimentos, energia e medicamentos, e não estamos contabilizando as vítimas desse tipo de violência”, frisou.

O informe apresentado pelas autoridades palestinas afirma que mais de 40% das casas em toda a cidade de Gaza sofreram danos. Se estima, a partir desse número, que cerca de um milhão de residentes do território estão desabrigadas.

Com informações de Al Jazeera.