O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, esteve nesta segunda-feira (29/01) em Washington, nos Estados Unidos, em um evento organizado pelo think tank Atlantic Council, no qual falou sobre uma recente reunião com autoridades norte-americanas para se buscar um possível acordo de troca de prisioneiros do Hamas por palestinos mantidos presos pelo Estado de Israel.
“O progresso que temos feito nas últimas semanas nos deixou numa posição muito melhor. Bons progressos para colocar as coisas em ordem. Esperamos apresentar esta proposta ao Hamas e que se envolvam de forma positiva e construtiva no processo”, declarou o premiê.
Al Thani disse ainda que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, por sua sigla em inglês) não pode ser punida devido a supostos atos de alguns funcionários. A declaração diz respeito a supostas ligações de funcionários da agência com o Hamas, veiculadas em veículos de imprensa dos Estados Unidos e de Israel.
O líder catari também pediu “cautela” nas acusações contra os funcionários da UNRWA até que a investigação seja finalizada.
A catástrofe humanitária no território palestino também foi mencionada no discurso de Al Thani. “As pessoas em Gaza estão morrendo de fome. Vimos que o sofrimento pelo qual estão passando não tem precedentes”.
Wafa/Reprodução
Caças israelenses bombardearam o Hospital Al Awda, no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza
“Para resgatar a região de mais sofrimento e escalada, precisamos encontrar uma resolução para o que está acontecendo em Gaza”, finalizou o premiê do Catar.
Hamas exige cessar-fogo em Gaza para libertação de prisioneiros
Nesta segunda-feira (29/01), o movimento de resistência palestino Hamas afirmou que só aceitará a libertação dos prisioneiros que ainda estão sob sua custódia após o fim da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza.
O comunicado apresentado pela organização ressaltou que essa posição foi adotada depois de tomar conhecimento de uma reunião recente entre representantes de Israel com mediadores do Catar e do Egito.
“A possibilidade de chegar a um acordo depende de Tel Aviv concordar em acabar com a agressão na Faixa de Gaza”, disse Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas.