Quinta-feira, 15 de maio de 2025
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Na noite desta terça-feira (31/10), quase simultaneamente, os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro, anunciaram a convocação de seus respectivos embaixadores em Israel, como forma de protestar contra as mortes de milhares de palestinos durante a ofensiva que este país promove na Faixa de Gaza.

O primeiro a manifestar essa posição foi o chileno Boric, que publicou uma declaração dizendo que “diante das inaceitáveis violações ao Direito Internacional Humanitário que Israel tem cometido na Faixa de Gaza, nosso governo resolver chamar a consultas o embaixador em Israel, Jorge Carvajal”.

Em seguida, na mesma mensagem, o mandatário chileno argumenta que “o Chile condena energicamente e observa com grande preocupação que tais operações militares – que já se desenvolveram a ponto de configurar um castigo coletivo à população civil palestina em Gaza – não respeitam normas fundamentais do Direito Internacional, como ficou demonstrado após mais de oito mil vítimas civis, em sua maioria mulheres e crianças”.

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Minutos depois, o colombiano Petro, em uma publicação mais sucinta, disse que decidiu “chama a consultas a nossa embaixadora em Israel”, em referência à diplomata colombiana Margarita Manjarrez, que exerce essa função desde fevereiro de 2020.

Medida tomada por Gabriel Boric e Gustavo Petro acontece horas depois da decisão boliviana de romper relações com Tel Aviv

Ximena Navarro / Presidência do Chile

Boric e Petro chamaram seus respectivos embaixadores em Tel Aviv a consultas, em protesto por massacre cometido por Israel contra palestinos

O presidente da Colômbia completou seu tuíte com uma definição mais contundente contra o governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu: “se Israel não parar com o massacre do povo palestino, não podemos continuar presentes nesse país”.

As medidas tomadas pelos mandatários do Chile e da Colômbia acontecem horas depois de uma decisão da Bolívia que foi mais além e rompeu suas relações diplomáticas com Israel, também em função do massacre ao povo palestino.

Horas depois de o presidente boliviano Luis Arce se reunir com o embaixador da Palestina em seu país, Mahmoud Elalwani, o governo anunciou, através da ministra porta-voz María Nela Prada, que a decisão de cortar laços com Tel Aviv se baseia no repúdio “às claras violações ao Direito Humanitário Internacional, às mortes de milhares de civis palestinos na Faixa de Gaza e ao tratamento hostil de Israel às equipes internacionais que prestam ajuda humanitária na região”.