O governo de Belize anunciou nesta terça-feira (14/11) que decidiu suspender suas relações diplomáticas com Israel, em repúdio às mortes produzidas pela ofensiva militar aos civis palestinos em Gaza.
Através de um comunicado, o governo do primeiro-ministro John Briceño afirmou que a medida é uma reação aos “incessantes e indiscriminados bombardeios a Gaza e à violação do direito internacional” cometidas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) nos últimos 39 dias.
“Desde 7 de outubro, as IDF já mataram mais de 11 mil civis inocentes, a maioria mulheres e crianças, e destruíram muitos edifícios e іnfrаеѕtruturaѕ como hоѕріtаiѕ e еѕсolаѕ”, afirma a nota.
O governo de Веlіzе também acusou Tel Aviv de “viоlаr ѕіѕtеmatісаmеntе o direito internacional, o direito internacional humanitário e os direitos humanos dos habitantes de Gaza”, e acrescentou que “como resultado dessas ações, vidas foram perdidas”.
“Fomos parte de um apelo internacional para que Іѕrаеl para que implementasse um cessar-fogo imediato e permita o acesso imediato e sem obstáculos da ajuda humanitária a Gaza”, e lamentou que o governo de Benjamin Netanyahu “não autorizou o trabalho de pessoas que poderiam ajudar os milhões de habitantes que estão sofrendo atualmente”.
Governo de Belize
Primeiro-ministro de Belize, John Briceño, decidiu suspender relações diplomáticas com Israel
Uma das consequências dessa decisão é a retirada do credenciamento da embaixadora israelense em Belmopã e a suspensão de tоdаѕ аѕ аtіvіdаdеѕ rеаlіzаdаѕ реlo Соnѕulаdо Ноnоrárіо dе Іѕrаеl еm Веlіzе.
Outros países que romperam relações com Israel
Desde o início da nova ofensiva israelense em Gaza, no dia 7 de outubro, vários países ao redor do mundo mudaram as suas relações diplomáticas com Israel.
Entre eles se destacam três nações sul-americanas com governos progressistas: a Bolívia do presidente Luis Arce, o Chile de Gabriel Boric e a Colômbia de Gustavo Petro convocaram seus respectivos embaixadores em Tel Aviv a consultas.
Além deles, a Turquia e a África do Sul também se destacam entre os países que se distanciaram do governo de Netanyahu. Também fizeram vários países árabes, como Argélia, Bahrein, Omã e Jordânia.
Outro caso destacado é o da Arábia Saudita, que congelou um processo de normalização das suas relações com Israel devido aos clamores da opinião pública no país a favor da população palestina.