O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou terça-feira (05/12) que o exército do seu país irá manter o controle da segurança na Faixa de Gaza após a ofensiva militar estabelecer o controle do país em toda a região.
“Depois da guerra, as forças militares de Israel deverão manter o controle militarizado da região”, afirmou Netanyahu. Em seguira, ele disse que “haverá um processo de desmilitarização”, mas se negou a dizer em quanto ela poderia começar, e acrescentou que “há apenas uma força que pode garantir essa desmilitarização, que é o Exército de Israel”.
A postura do premiê israelense entra em choque com a proposta apresentada dias atrás pelo governo da Espanha que defendia entregar essa responsabilidade a uma força internacional sob os cuidados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em coletiva conjunta com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, Netanyahu disse que “a experiência passada mostrou que as forças internacionais foram ineficazes na desmilitarização de áreas com forças hostis a Israel”, razão pela qual ele não aceitaria repetir tal acordo.
Anadolu
Netanyahu afirmou que Israel deve estabelecer controle militarizado em Gaza após a atual ofensiva à região
Netanyahu também fez fortes críticas à ONU e a organizações feministas e de direitos humanos por não terem se manifestado contra “as graves violações sexuais cometidas pelo Hamas” desde 7 de outubro.
“Os governos civilizados devem condenar o estupro em massa cometido pelos terroristas do Hamas”, disse o líder israelense. Em seguida, questionou um suposto antissemitismo de alguns movimentos feministas que, segundo ele, “não se importam quando as vítimas são mulheres judias”.