A Conferência Internacional de apoio a Gaza e pela liberdade para a Palestina acontece neste final de semana em Istambul, na Turquia, com o objetivo de abordar a guerra na Faixa de Gaza e as influências do “sionismo como uma ameaça global”.
O evento conta com diversas personalidades e mesas de debates. Uma das participações é do jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, que discursará a respeito da ideologia sionista como forma de opressão global.
Além dele, entre os participantes brasileiros e latino-americanos estão a antropóloga e professora da Universidade de São Paulo (USP) Francirosy Campos Barbosa, o deputado federal Nilton Tatto (PT) e Mohammad Al Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino.
A programação da conferência irá abordar a forma como o Estado de Israel usa o sionismo como instrumento de censura e de cátedra, bem como sua relação com os conflitos religiosos e incentivos para crimes de guerra.
O evento tem como ponto principal a rejeição ao projeto sionista, defendendo que a conferência será um espaço de “apoio aos direitos e à liberdade do povo palestino e à sua legítima resistência”.
O encontro é uma iniciativa da Instituição Internacional Al-Quds, do Centro Árabe Internacional para Comunicação e Solidariedade, a União Internacional de Acadêmicos Muçulmanos, o Fórum Global para Moderação, Fórum de Kuala Lumpur para Pensamento e Civilização e do Centro Internacional de Doha para Diálogo Inter-religioso
Reprodução/Anadolu
Turquia chegou a declarar três dias de luto pelo ataque israelense a um hospital em Gaza devastado pela guerra
Solidariedade turca
No domingo (07/01), a cidade de Batman, na Turquia, foi palco de manifestações massivas em apoio à causa palestina. Os atos foram organizadas pelo Huda Par (Partido da Causa Livre), uma sigla islamista conhecida como “Hezbollah Curdo”, criada nos anos 1980, sem relação com o Hezbollah libanês, que lutou contra os separatistas. O partido é aliado do AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento) de Recep Erdogan, presidente turco.
Vale ressaltar que, entre os líderes mundiais que condenam as ações israelenses na Faixa de Gaza, destaca-se Erdogan, que tem rotulado Israel de “Estado terrorista” e exigido que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fosse julgado como criminoso de guerra.
Em 2010, quando oito cidadãos turcos foram assassinados num navio que transportava ajuda para Gaza, o presidente da Turquia denunciou Israel como terrorista, cortou relações diplomáticas com Tel Aviv e apelou que a nação fosse julgada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
A tensão entre ambos os países remonta à criação de Israel em 1948. Dado o sentimento pró-palestino entre a maioria dos turcos e o desejo do governo de manter relações com Estados e grupos que se opõem ao sionismo, a Turquia emite frequentemente declarações contra Israel.