Denunciando as ações das Forças de Defesa Israelenses (FDI) contra a Faixa de Gaza, um grupo de filósofos e professores de filosofia da América do Norte, Latina e Europa cobra um “boicote académico e cultural às instituições israelenses”, de modo a “promover a causa da libertação palestina e da justiça para todos”.
Em uma carta pública, o grupo expressou sua “solidariedade para com o povo palestino e denunciou o massacre em curso e em rápida escalada que está sendo cometido em Gaza por Israel“.
O grupo lembra que Israel cercou o território de Gaza, cortando acesso a alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, além de induzir a evacuação de um milhão de civis da região com sua invasão terrestre. “Falar de uma segundo Nakba é assustador, mas adequado”, classificou sobre a situação”.
Fazendo um breve retrospecto da história na região, os filósofos apontam que “agir como se a história de violência tivesse começado com os ataques do Hamas em 7 de Outubro de 2023 é demonstrar uma indiferença imprudente pela história”.
UNRWA/Twitter
Israel induziu a evacuação de um milhão de civis da região com sua invasão terrestre em Gaza
“O bloqueio a Gaza dura 16 anos; a ocupação da Cisjordânia e de Gaza durou 56 anos; a desapropriação dos palestinos das suas terras e casas em toda a Palestina histórica durou três quartos de século, desde o estabelecimento de Israel em 1948 como um estado etno-supremacista”, instou o grupo.
O documento ainda reconhece que muitos países que os filósofos são cidadãos são exatamente aqueles que oferecem “recursos financeiros, apoio material e ideológico” para Israel realizar tal ofensiva.
Clamando para que demais filósofos apoiem a causa palestina, o grupo de professores afirmou que “este não é um passo difícil de dar, o que é muito mais difícil é afastar-se em silêncio e cumplicidade de um genocídio em curso”.