O Hamas, grupo palestino que governa a Faixa de Gaza, acusou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por “total responsabilidade” pelo ataque das Forças de Defesa Israelenses (FDI) ao hospital al-Shifa, maior da região, e que abriga além do corpo médico e pacientes (36 bebês prematuros entre eles), três mil palestinos que fogem dos bombardeios israelenses.
De acordo com o jornal catari Al Jazeera, o comunicado do grupo veio um dia após a Casa Branca ratificar as suposições de Israel sobre a existência de um centro operacional do Hamas no subsolo do hospital, que também está sob cortes de água e eletricidade.
“A adoção pela Casa Branca e pelo Pentágono da falsa alegação de que a resistência utiliza o complexo médico de al-Shifa para fins militares deu luz verde à ocupação para cometer mais massacres contra civis”, afirmou o Hamas.
Por sua vez, a Casa Branca, por meio de um porta-voz, posicionou-se após o ataque, declarando “não apoiar ou querer ver ataques aéreos e tiroteios a um hospital”.
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Casa Branca posicionou-se após o ataque, declarando "não apoiar ou querer ver ataques aéreos e tiroteios a um hospital"
“O responsável acrescentou que não deve haver uma situação em que pessoas inocentes, indefesas e doentes que tentam obter os cuidados médicos que merecem sejam apanhadas no fogo cruzado”, destacou o jornal catari.
Segundo o comunicado das FDI, a operação acontece “com base em informações de inteligência e em necessidade operacional, de forma precisa e direcionada contra o Hamas em uma área específica do Hospital Shifa”.
“Apelamos a todos os terroristas do Hamas presentes no hospital que se rendam”, ainda instou Israel, que antes da operação nas instalações médicas de al-Shifa, cercou o hospital desde sábado (11/11).