(notícia atualizada às 17h20)
O Hamas decidiu atrasar a libertação do segundo grupo de reféns, que estava programada para este sábado (25/11). Após a intervenção de diplomatas do Egito e do Catar, a troca de prisioneiros foi realizada, pouco antes da meia-noite.
De acordo com o grupo palestino, apenas 340 caminhões de ajuda humanitária receberam autorização das autoridades israelenses para entrar na Faixa de Gaza, o que corresponde a menos da metade do que foi estabelecido no acordo de trégua concretizado na última quarta-feira (22/11).
Neste segundo dia de trégua entre Israel e Hamas, se esperava que o movimento palestino entregasse 14 prisioneiros israelenses ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza, os quais seriam levados ao Egito através da fronteira de Rafah.
Do outro lado, Israel deveria libertar 42 prisioneiros palestinos que estão cumprindo pena na prisão militar de Ofer, localizada na Cisjordânia, perto da cidade palestina de Beitunia. Segundo a Associação de Prisioneiros Palestinos, a lista de prisioneiros inclui 18 mulheres e 24 menores de idade.
UN News
Palestinos de Gaza aproveitaram a trégua para retornar aos seus bairros e tentar encontrar pertences perdidos entre os escombros
O primeiro intercâmbio entre ambas as partes ocorreu na sexta-feira (24/11), dia que iniciou a trégua, no qual o Hamas libertou 13 prisioneiros israelenses, 10 tailandeses e um filipino, enquanto Tel Aviv soltou 39 palestinos.
Mediação
Autoridades diplomáticas de Egito e Catar entraram em contato com representantes de Israel e do Hamas para destravar o impasse gerado neste sábado, após o incumprimento de um dos pontos o acordo por parte de Israel.
Antes disso, Tel Aviv publicou um comunicado afirmando que caso o Hamas não libertasse os 14 prisioneiros israelenses até as 0h (hora local) deste domingo (26/11), as ações militares na Faixa de Gaza serão retomadas.
A ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, iniciada no dia 7 de outubro e já provocou a morte de mais de 14,5 mil palestinos.