Antes de se reunir com o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) para discutir sobre os desafios da segurança nacional israelense, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), tenente-general Herzi Halevi, anunciou nesta sexta-feira (12/04) a conclusão de uma avaliação referente a uma possível contraofensiva iraniana, afirmando “prontidão dos militares [israelenses] para quaisquer cenários”.
O encontro com órgão do Departamento de Defesa norte-americano é marcado em meio a uma crise entre Israel e o Irã, após a embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, ter sido destruída por um ataque de autoria israelense, que também deixou ao menos 11 vítimas fatais. Após o atentado, ocorrido na semana passada, o governo do país persa passou a prometer punição às autoridades de Tel Aviv.
“As Forças de Defesa de Israel estão bem preparadas no ataque e na defesa contra qualquer ameaça. Estamos em guerra e estamos em alerta máximo há cerca de seis meses. As forças continuam monitorando de perto o que está acontecendo no Irã e em outras áreas enquanto, em coordenação com as forças armadas dos Estados Unidos, se preparam para lidar contra potenciais ameaças”, disse Halevi, citado em publicação pelas IDF.
IDF Chief of the General Staff, LTG Herzi Halevi, and @CENTCOM Commander, General Michael Erik Kurilla, completed a comprehensive situational assessment with IDF officials on the IDF’s readiness for defensive and offensive operations in all scenarios.
“The IDF continues to… pic.twitter.com/3UovhKc6Sl
— Israel Defense Forces (@IDF) April 12, 2024
Já na noite anterior, a emissora pública Kan informou que o órgão de defesa civil dos militares instruiu todas as cidades de Israel a se prepararem para um ataque e garantirem que os abrigos públicos estejam aptos para uso.
Ataque à embaixada iraniana em Damasco
Na quinta-feira (11/04), o Irã reiterou a promessa de punir Israel pelo ataque aéreo, lançado em 1º de abril, contra um prédio do consulado iraniano na capital síria de Damasco, que matou vários comandantes da Guarda Revolucionária Islâmica, incluindo dois generais.
Segundo o jornal The Times of Israel, desde o episódio, autoridades israelenses e norte-americanas passaram a agir em conjunto e se preparar contra um potencial ataque que acreditam ser iminente, marcado com a visita do chefe do Centcom, general Michael Erik Kurilla, à região.
Além dos Estados Unidos, outros aliados de Israel também alertaram contra as ameaças do Irã, dizendo que quaisquer ações em grande escala poderiam desestabilizar ainda mais o Oriente Médio, enquanto a guerra em Gaza segue em curso.
A Rússia também alertou ambas as partes para mostrarem moderação, temendo “desestabilizar a região, que já não é dotada de estabilidade ou previsibilidade”.
O Irã, por sua vez, afirmou na quinta-feira que uma retaliação de seu governo poderia ter sido evitada se o Conselho de Segurança da ONU “tivesse condenado o repreensível ato de agressão do regime sionista em nossas instalações diplomáticas em Damasco e, posteriormente, levado seus perpetradores à justiça”.