Terça-feira, 15 de julho de 2025
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Pelo menos 15 pessoas foram mortas quando uma escola da ONU que abrigava milhares de palestinos deslocados foi atingida por um ataque israelense, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. 

“O massacre na escola Al Fakhura cometido pela ocupação (Israel) nesta manhã deixou 15 mártires e 70 feridos”, informou o porta-voz do ministério, Ashraf al Qudra, neste sábado (04/11) à imprensa.

Segundo a emissora catari Al Jazeera, a escola era a maior da região norte de Gaza e estava localizada dentro do campo de refugiados de Jabalia, local que foi atacado duas vezes e resultou na morte de 195 pessoas em menos de 24 horas, segundo as autoridades do Hamas. A Al Fakhura estava sendo usada como “abrigo para famílias deslocadas”. 

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“Um dos ataques atingiu o pátio da escola onde havia tendas para famílias deslocadas. Outro atingiu o interior da escola onde as mulheres faziam pão”, detalhou a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em comunicado.

Instituição da ONU, Al Fakhura, estava dentro do campo de refugiados de Jabalia, alvo de bombardeios israelenses que fez centenas de vítimas

Twitter/Al Jazeera English

Escola da ONU que abrigada famílias deslocadas é alvo de ataques israelenses

Cerca de 1,4 milhão de pessoas deslocadas

Na quinta-feira (02/11), o Acnur disse que quatro das suas escolas em Gaza que abrigam pessoas deslocadas foram danificadas pelos bombardeios de Israel.

A estimativa é que, em quatro semanas, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas tenham sido deslocadas de um total de 2,4 milhões de residentes do território, sendo muitas delas abrigadas em escolas ou hospitais.

No momento, autoridades israelenses registram mais de 1.400 de seus civis mortos pelo grupo palestino Hamas. Já o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza, neste sábado (04/11), pelo menos 9.488 mortes desde que Israel começou a atacar o território em 7 de outubro. Os ataques israelenses, por sua vez, têm se intensificado desde o início da semana, com incessantes bombardeios a Gaza e corte do fornecimento de água e eletricidade, o que agravou as condições de vida aos civis palestinos.