A Polícia Federal (PF) libertou nesta quarta-feira (06/12) os dois homens suspeitos de colaborar com o grupo libanês Hezbollah.
Os acusados foram mantidos em prisão temporária por 30 dias e colocados em liberdade a partir de decisão da juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, já que a PF não pediu a extensão da detenção, argumentando que os suspeitos haviam colaborado com as investigações.
A prisão dos dois suspeitos ocorreu em 8 de novembro, quando a PF cumpriu 11 mandados de de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
A ação formou parte da Operação Trapiche, que consistiu numa suposta ação contra atos de terrorismo que poderiam estar sendo coordenados no Brasil.
Polícia Federal
PF não pediu extensão da prisão temporária dos suspeitos, alegando que eles colaboraram com as investigações
Polêmica de Israel
O caso ganhou certo destaque na mídia após o governo de Israel alegar que a ação foi realizada em parceria com o Mossad, seu serviço de inteligência, informação que foi negada posteriormente pelo ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino.
Segundo acadêmicos ligados ao ramo das Relações Internacionais e especializados em países árabes, o argumento de Tel Aviv soou falso, já que o Hezbollah não há provas concretas da atuação dessa organização fora do Líbano, onde ela surgiu.
O último atentado que, comprovadamente, teve participação de membros do Hezbollah ocorreu na década de 1980, no contexto específico da guerra civil libanesa.