Lula reforça compromisso de trabalhar para cessar-fogo permanente em Gaza
Durante discurso em reunião do G20, presidente brasileiro defendeu pautas abordadas pela resolução da Assembleia Geral da ONU, ressaltando que Brasil ‘segue de luto’ pelos ataques de Israel contra o povo palestino
“O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (13/12), sobre a guerra de Israel contra o povo palestino, durante a reunião de sherpas (negociadores em cúpulas) e vice-ministros de Finanças do G20, em Brasília.
O petista afirmou que o Brasil “segue de luto” com o cenário na Faixa de Gaza, que tem se degradado ainda mais na fase mais recente da operação militar israelense, e que a “violação cotidiana do direito humanitário é chocante”.
Assim como as pautas abordadas pela resolução aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (12/12), Lula ressaltou a necessidade da facilitação na entrada de ajuda humanitária no território palestino e a libertação imediata de todos os reféns. Acrescentou, no entanto, o que tem defendido desde que os ataques israelenses se intensificaram em Gaza: a solução de dois Estados “vivendo lado a lado em segurança”.
Na avaliação do presidente, não “não convém” um mundo marcado por conflitos, protecionismos e destruição ambiental, e que “sem ação coletiva”, as crises “podem multiplicar-se e aprofundar-se”.

Wikicommons
Lula declara que Brasil seguirá trabalhando para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, durante discurso no G20
As três pautas do Brasil no G20
Durante o discurso, o petista reforçou que a presidência brasileira no G20 terá como foco três eixos: inclusão social e o combate à fome e à pobreza; promoção do desenvolvimento sustentável; e reforma das instituições de governança global.
Focado no combate às mudanças climáticas, Lula falou da necessidade em definir “os princípios básicos sobre o uso sustentável de recursos naturais para a geração de bens e serviços de alto valor agregado”. Para isso, o presidente avaliou que o acesso a tecnologias é fundamental não só para uma transição energética justa, mas também no campo digital.
O brasileiro também retomou a “fome” como um dos assuntos prioritários de seu governo e o qual compartilha com as lideranças mundiais.
“As desigualdades estão na raiz dos problemas que enfrentamos, ou contribuem para agravá-los. Precisamos de uma nova globalização que combata as disparidades”, defendeu Lula, ao afirmar que é “inadmissível” que mais de 735 milhões de pessoas convivam com fome em “um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de 100 trilhões de dólares por ano”.























