O grupo de 34 brasileiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza não foi contemplado na quinta lista divulgada nesta terça-feira (07/11). Nela, consta o nome de 605 pessoas com cidadania de oito nações, sendo a maioria de alemães (159), seguidos por nacionais da Romênia (104), da Ucrânia (102), do Canadá (80), da França (61), da Moldávia (51), das Filipinas (46), e do Reino Unido (2).
A comunidade brasileira segue aguardando a permissão para sair do enclave palestino por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. De acordo com o Itamaraty, a expectativa é que os 34 brasileiros em Gaza sejam incluídos na lista até esta quarta-feira (08/11), como prometeu o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, após uma conversa telefônica com o chanceler israelense, Eli Cohen. O ministro das Relações Exteriores de Israel garantiu, na semana anterior, que os brasileiros deixariam a zona de conflito em breve.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conversou sobre a situação dos brasileiros em Gaza com seus homólogos de Israel, Egito e da Autoridade Nacional Palestina. De acordo com o Itamaraty, a lista de autorização é elaborada por autoridades egípcias e israelenses.
Twitter/Itamaraty Brasil
Brasileiros não estão contemplados na quinta lista de autorizados para deixar Gaza
“Não houve uma explicação para a não inclusão de brasileiros, simplesmente foram dando prioridade a outros países. Estamos há mais de 15 dias pedindo a liberação”, contou o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, ao jornal O Globo.
A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é a única entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino. Portadores de passaportes estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar a região desde a última quarta-feira (01/11), no entanto, a passagem foi fechada no sábado (04/11), depois que Israel atacou um comboio de ambulâncias que transportava feridos. A fronteira só voltou a ser reaberta na segunda-feira (06/11).
Os brasileiros que aguardam autorização para deixar o enclave palestino estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, o grupo e as agências de ajuda humanitária relatam escassez de água potável, eletricidade, alimentos e medicamentos.
(*) Com Ansa e Agência Brasil