Enquanto Israel anuncia uma “nova fase” na ofensiva contra a Faixa de Gaza e suas forças armadas realizam uma invasão terrestre na região, manifestantes em várias partes do mundo fazem neste sábado (28/10) protestos em favor da causa palestina.
No Reino Unido, foram organizados comícios em Londres, Manchester e Glasgow. Na capital inglesa, mais de 300 mil manifestantes em um dos maiores atos políticos do país reuniram-se com faixas e cartazes.
Também soltaram fogos de artifício e sinalizadores vermelhos e verdes, fazendo referência às cores da bandeira palestina.
No final de semana passado, cerca de 100 mil pessoas também foram às ruas na capital britânica pelos mesmos motivos.
LONDRES: MAIS DE 300 MIL EM SOLIDARIEDADE À RESISTÊNCIA PALESTINA pic.twitter.com/pJgViebCJs
— Breno Altman (@brealt) October 28, 2023
Já em Istambul, na Turquia, os protestos contaram com a participação do presidente turno Recep Tayyip Erdogan, que discursou a multidão. Telas de LED foram instaladas em todo o local, enquanto rigorosas medidas de segurança foram implementadas na área.
Em seu discurso, Erdogan pontuou que aqueles “que derramaram lágrimas de crocodilo pelos mortos na Ucrânia ontem, hoje estão assistindo silenciosamente às mortes de milhares de crianças inocentes na Faixa de Gaza”.
O presidente ainda acrescentou que para o Ocidente, “Israel é apenas um peão, que vai ser sacrificado quando o tempo apropriado chegar”.
Biz “adil bir barışın kaybedeni olmayacağına” olan samimi inancımızla hareket ediyoruz.
Muhataplarımızı da aynı anlayış etrafında buluşmaya çağırıyoruz. #United4Palestine… pic.twitter.com/gn68locJoa
— Recep Tayyip Erdoğan (@RTErdogan) October 28, 2023
Na Itália, centenas de manifestantes pró-Palestina realizaram protestos contra as operações militares de Israel na Faixa de Gaza. A Piazza Porta San Paolo, em Roma, foi um dos palcos das manifestações realizadas no país europeu.
Os participantes pediram repetidamente pela liberdade da Palestina, além de exibirem bandeiras palestinas e cartazes pedindo o fim do conflito.
Outro município que sediou manifestações foi Viareggio, na província de Lucca.
“Exigimos justiça e o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza para dizer um basta a estas atrocidades que já duram há muitos dias”, explicou um manifestante.
Recep Tayyip Erdoğan/Twitter
Na Turquia, ato pró-palestina recebeu presidente Recep Tayyip Erdoğan
Nos Estados Unidos, com a palavra de ordem “não em nosso nome”, centenas de judeus foram presos ao ocupar a estação central de trem de Nova Iorque.
Segundo a Al Jazeera, milhares de manifestantes pedem um cessar-fogo imediato. “Tem havido muitas manifestações aqui em Nova Iorque desde o início deste conflito, organizadas por grupos pró-Palestina e grupos pró-Israel. Mas à medida que a devastação em Gaza cresceu, à medida que os apelos a um cessar-fogo se tornaram mais altos, as manifestações pró-Palestina tornaram-se cada vez maiores”, declarou a repórter do jornal catari, Kristen Saloomy.
A capital norte-americana, Washington, também recebe atos pró-palestina neste sábado, em especial organizados em frente à Casa Branca.
Passeatas também foram registradas em Tel Aviv, capital de Israel. Segundo a Al Jazeera, manifestantes seguravam cartazes pedindo cessar-fogo e negociação para que os reféns tomados pelo Hamas em 7 de outubro possam retornar.
Protestos também tomaram as ruas no País de Gales, França, África do Sul, Malásia, Japão, Índia, Irlanda, Alemanha, Dinamarca e Indonésia.
Invasão em Gaza
Enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu promete que a invasão de Gaza será uma “guerra longa”, mais de 7.500 palestinos já morreram, entre eles 3. 500 crianças, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza.
Em meio a escalada do conflito, a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (27/10) uma resolução que pede trégua humanitária em Gaza.
Palestinos vivem em Gaza e na Cisjordânia sob ocupação israelense, reivindicando Jerusalém Oriental como a capital do seu Estado, enquanto a expansão das fronteiras de Israel gera conflitos.
(*) Com Ansa, Brasil247, Brasil de Fato e Sputniknews