Apesar da celebração de Natal, os aviões de guerra e a artilharia israelenses concentraram os seus ataques em Gaza. Na véspera, (24/12) o Ministério da Saúde palestino denunciou que cerca de 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos bombardeios israelenses contra o campo de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qudra, afirmou que o ataque israelense 'destruiu várias casas' e alertou que o número de vítimas pode aumentar, dado o grande número de famílias que residem na zona.
Ainda segundo o Ministério pelo menos 12 palestinos morreram nesta segunda-feira (25/12) na Faixa de Gaza.
Na madrugada de natal, outro bombardeio na região atingiu a cidade de Khan Younis, no sul do território palestino e matou mais de 40 pessoas.
?@UNRWA mourns 142 colleagues killed in?#Gaza, alongside over 20,000 civilians killed since the war began.
?@UNOCHA: 293 Palestinians, including 76 children, have been killed in the?#WestBank, including East Jerusalem, since the war began.https://t.co/KkmkuXXpMV pic.twitter.com/r1LPT1ZDx5
— UNRWA (@UNRWA) December 24, 2023
Reprodução
Pelo menos 35 pessoas foram detidas pelas forças israelenses durante ataques noturnos na Cisjordânia ocupada na noite passada
Segundo a entidade de saúde palestina, dez membros de uma família morreram no sábado (23/12) em outro atentado israelense, no campo de refugiados de Jabalia, no norte do território palestino.
ÚLTIMA HORA| El portavoz del Hospital Shuhada Al Aqsa: Al menos 70 civiles murieron en la masacre israelí que tuvo como objetivo el campo de refugiados de Al Maghazi en el centro de Gaza, la mayoría de los cuales son mujeres y niños. Muchas víctimas fueron decapitadas.
En el… pic.twitter.com/gnzT2RRU0x
— Palestina Hoy (@HoyPalestina) December 24, 2023
Em declaração, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu país está “pagando um preço alto pela guerra”, referindo-se aos 156 soldados que morreram desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.
Segundo a ONU, a situação humanitária na Faixa de Gaza, completamente sitiada por Israel, é catastrófica, acrescentando que quase 80% dos 2,4 milhões de habitantes do território palestino abandonaram as suas casas devido aos combates.
A organização alerta ainda que a maioria dos hospitais está fora de serviço e a população enfrenta elevados níveis de insegurança alimentar.
“A destruição do sistema de saúde de Gaza é uma tragédia”, lamentou o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A atual agressão israelense na Faixa de Gaza deixou 20.424 palestinos mortos e cerca de 54.036 feridos, mais de 70% dos quais são mulheres e crianças.