Israel anunciou ter recebido a quinta lista de reféns a serem libertados pelo Hamas. Segundo uma fonte próxima do movimento islâmico palestino, dez reféns israelenses e 30 prisioneiros palestinos serão libertados nesta terça-feira (28/11). Nenhum dos lados apontou objeções à esta nova troca. Trabalhadores estrangeiros retidos na Faixa de Gaza também serão liberados, acrescentou o Hamas.
Autoridades israelenses informaram ter adicionado 50 detentas à lista de palestinas que podem ser beneficiadas neste quinto dia de trégua nos combates. Entre elas, figura a célebre ativista Ahed Tamimi.
Onze reféns israelenses que estavam sequestrados na Faixa de Gaza e 33 prisioneiros palestinos foram libertados na noite de segunda-feira (27/11), após o Hamas e mediadores do Catar anunciarem uma extensão de 48 horas da trégua que estava prevista para terminar na manhã dessa terça-feira (28/11). Isto deverá permitir a libertação de cerca de 20 reféns e 60 prisioneiros adicionais.
Ao todo, 69 reféns deixaram o cativeiro nos primeiros quatro dias de vigência do acordo mediado pelo Catar, com o apoio dos Estados Unidos e do Egito. Desse total, 50 são cidadãos israelenses.
Benjamin Netanyahu/Twitter
Trabalhadores estrangeiros retidos na Faixa de Gaza também serão liberados em quista lista de reféns
Adolescentes franceses libertados
Todos os 11 reféns que chegaram a Israel na noite de segunda-feira têm dupla nacionalidade, incluindo três adolescentes franceses – Erez e Sahar Kalderon, de 12 e 16 anos, e Eitan Yahalomi, de 12 anos – e dois da Alemanha, segundo informações do Catar. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse ter ficado “extremamente feliz” com essas libertações. A ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, disse que apesar do choque psicológico, os três adolescentes franco-israelenses foram examinados por equipes médicas e estão em bom estado de saúde.
Entrega de ajuda humanitária
A extensão da trégua também permite a continuação da entrada de dezenas de caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, devastada por sete semanas de bombardeios israelenses. A distribuição dos mantimentos e medicamentos é extremamente complicada no local e as necessidades da população atingem um patamar “sem precedentes”, disse à RFI a porta-voz da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Tamara Al-Rifai.
“Há desafios logísticos por causa das estradas destruídas. Por isso, a ajuda humanitária na Faixa de Gaza deve levar em conta o estado das estradas para poder estimar o tempo que a entrega irá levar”, afirmou a representante da ONU.
“Mesmo de maneira limitada, nós pudemos voltar ao norte do território pela primeira vez em várias semanas. Pudemos entregar ajuda humanitária em dois de nossos abrigos no norte, mas é uma quantidade muito insuficiente, diante das necessidades”, acrescentou. “É necessário lembrar que as ONGs humanitárias não puderam entrar no norte da Faixa de Gaza a partir do quarto ou quinto dia dessa guerra”, frisou Tamara Al-Rifai.