Domingo, 20 de julho de 2025
APOIE
Menu

O grupo palestino Hamas veiculou neste domingo (21/01) um memorando denominado “Por que a operação Tempestade de Al-Aqsa?”, colocando sua narrativa dos motivos que levaram à operação, como ficaram conhecidos os ataques a Israel em 7 de outubro de 2023. 

Em primeiro lugar, o grupo faz questão de lembrar que “a batalha do povo palestino contra a ocupação e o colonialismo” não começou na data da operação, “mas há 105 anos, incluindo 30 anos de colonialismo britânico e 75 anos de ocupação sionista”. 

Neste período, o grupo denuncia que “as gangues sionistas assumiram o controle pela força de 77% da Palestina, expulsaram 57% do povo palestino, destruíram mais de 500 vilas e cidades, e cometeram dezenas de massacres contra os palestinos”. Como resultado, a “Entidade Sionista”, ou o Estado de Israel, foi criado em 1948. 

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

O grupo também escreveu sobre o “bloqueio sufocante” imposto à Faixa de Gaza desde 2007, “que a transformou na maior prisão a céu aberto do mundo”, abrigando mais de dois milhões de pessoas em menos de 400 quilômetros de extensão. 

Grupo de resistência palestino veiculou memorando sobre fundamentos históricos do colonialismo de Israel que levaram à operação Tempestade de Al-Aqsa

Wikicommons

Batalha dos palestinos contra ocupação e colonialismo começou há 105 anos contra o Reino Unido

Mencionando números, o Hamas informa que no período entre janeiro de 2000 e setembro de 2023 [um mês antes do início da guerra], a ocupação israelense matou 11.299 e feriu 156.768 palestinos, civis em sua grande maioria. 

Agora, em 100 dias de ataques israelenses, o Ministério da Saúde palestino contabiliza que 25 mil pessoas já morreram a partir de 7 de outubro. 

O grupo também levanta a questão de Israel ser considerado um “Estado acima da lei”, uma vez que seus crimes humanitários têm sido ignorado há décadas, culpando especialmente o governo norte-americano, o principal apoiador e financiador de Israel nesta guerra, e seus aliados.  

Os Acordos de Oslo, firmados em 1993 para estabelecer a criação de um Estado palestino, também são mencionado no documento. “Israel destruiu sistematicamente todas as possibilidades de estabelecer o Estado palestino por meio de uma ampla campanha de construção de assentamentos e  judaização das terras palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém”, alega. 

“Após 75 anos de ocupação e sofrimento implacáveis, depois de fracassar em todas as iniciativas de libertação do nosso povo, e de processos de paz, o que o mundo esperava que o povo palestino fizesse em resposta?”, questiona o grupo de resistência palestina.