O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez apelo ao governo de Israel nesta quarta-feira (11/10) para seja autorizada a entrada de suprimentos, itens essenciais e ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O diplomata português lembrou que os mais de 2 milhões de civis residentes na cidade estão à mercê dos ataques realizados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) há cinco dias.
“Precisamos de um acesso humanitário rápido e desimpedido agora. É necessário permitir a entrada em Gaza de bens essenciais para salvar vidas, incluindo combustível, alimentos e água”, afirmou Guterres.
O mais alto representante da ONU também frisou que a Faixa de Gaza se encontra totalmente bloqueada por decisão do governo israelense, razão pela qual os palestinos não têm como fugir para evitar serem alvo dos bombardeios.
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Guterres lamentou morte de 11 funcionários da ONU em Gaza, vítimas dos bombardeios israelenses
Guterres acrescentou que há funcionários da ONU trabalhando em Gaza “trabalhando 24 horas por dia para apoiar os civis em meio à espiral de violência”, e que as 92 instalações do organismo na cidade estão abrigando cerca de 220 mil desde o fim de semana.
Antes de encerrar o comunicado, o secretário-geral lamentou a morte de 11 funcionários da ONU, vítimas dos ataques aéreos israelenses em Gaza. “Lamento profundamente que alguns dos meus colegas tenham perdido a vida em meio ao trabalho importante que fazem”.
Por sua vez, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou nesta terça-feira (11/10) que o “cerco total” imposto por Israel à Faixa de Gaza viola o direito internacional.
“A imposição de cercos que põem em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito humanitário internacional”, ressaltou Turk em comunicado.