O governo federal enviou nesta quinta-feira (12/10) a aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República para resgatar brasileiros que estão em Gaza. O avião irá para Roma, na Itália, de onde aguardará autorização para ir ao Egito resgatar aqueles que pediram repatriação e estão no lado palestino do conflito no Oriente Médio.
O acionamento foi feito em caráter de urgência. O objetivo é deslocar cerca de 20 brasileiros que estão em Gaza e manifestaram interesse em retornar ao Brasil.
Com capacidade para 40 passageiros, o avião presidencial foi cedido especialmente para a missão. A decolagem ocorreu na Base Aérea de Brasília, às 16h30. No caminho, a aeronave fará uma parada técnica em Cabo Verde e aterrissará em Roma por volta das 6h (horário local) de sexta-feira (13/10).
Mauro Vieira, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, já entrou em contato na quarta-feira (11/10) com seu homólogo do Egito, Sameh Shoukry, para garantir uma passagem humanitária aos brasileiros fazerem a travessia entre Gaza e o Egito, a partir de onde seria mais viável permitir aos brasileiros um retorno seguro.
Esta é a a sexta aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) enviada para atuar na Operação Voltando em Paz, que repatria brasileiros em Israel. Ao todo, 494 brasileiros já foram deslocados desde o início da operação, levando em conta os dois voos que já aterrissaram no Brasil e o que está em deslocamento.
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‘Cerco total’ de Israel: punição coletiva e violação do direito humanitário
Um grupo de especialistas independentes da ONU, mencionados pelo jornal catari Al Jazeera, identificam o cerco de Israel como “punição coletiva” e “ataques militares indiscriminados contra o já exausto povo palestiniano de Gaza”.
O cerco total que Israel tem imposto à Faixa de Gaza impede que palestinos tenham acesso aos serviços básicos, como água, alimentos e eletricidade.
“Isso equivale a uma punição coletiva. Não há justificação para a violência que atinge indiscriminadamente civis inocentes, seja por parte do Hamas ou das forças israelitas. Isto é absolutamente proibido pelo direito internacional e constitui um crime de guerra”, completam.
Além disso, o Ministério da Saúde da Palestina alertou que o sistema de saúde do país “começou a entrar em colapso” nesta quinta-feira.
“Devido aos ataques israelenses, aos cortes de energia, e à falta de abastecimento de combustível aos hospitais, o Ministério da Saúde decidiu começar a racionar os serviços de saúde, para direcionar a capacidade limitada do gerador elétrico”, comunicou a pasta da saúde palestina na última quarta-feira (11/10).
(*) Com Agência Brasil.