O Parlamento sul-africano aprovou nesta terça-feira (21/11) uma moção que pediu o fechamento da embaixada de Israel em Pretória.
A decisão ocorre em meio a uma série de declarações hostis trocadas por autoridades dos dois países, com respeito aos ataques realizados pelas Forças Armadas de Israel a Gaza e às violações aos direitos humanos da comunidade palestina que vive nesse território.
Segundo a imprensa local, uma moção é uma iniciativa simbólica e não tem efeitos reais. Porém, sua aprovação fará com que o pedido seja encaminhado ao presidente Cyril Ramaphosa, que decidirá se a proposta deve ou não ser implementada.
O texto discutido pelos parlamentares foi apresentado pelo partido Combatentes da Liberdade Econômica (EFF, por sua sigla em inglês), legenda opositora de esquerda que se autodenomina marxista-leninista, anticapitalista, panafricanista e antissionista (não confundir com antissemita).
Jaco Marais / News 24
Moção do Parlamento sul-africano será encaminhada para avaliação do presidente Cyril Ramaphosa
No entanto, a proposta foi apoiada pelo partido governista Congresso Nacional Africano, de centro-esquerda. Por essa razão, conseguiu angariar 248 votos a seu favor.
O partido de direita Aliança Democrática, de maioria branca e com discurso abertamente pró-Israel, liderou a oposição à moção, que obteve 91 votos.
Em declarações recentes, Ramaphosa disse que Israel está cometendo crimes de guerra e genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza.
Nesta mesma terça-feira (21/11), o presidente da África do Sul encabeçou uma reunião extraordinária dos chefes de Estado do Brics – convocada por ele mesmo – realizada por videoconferência, para discutir a questão palestina. Este evento contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Com informações de News24 e Al Jazeera.