O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou Israel e seus aliados ocidentais por permitirem o “extermínio” de crianças palestinas na Faixa de Gaza.
Mais de 5,3 mil crianças palestinas foram mortas em 48 dias de “bombardeio israelense implacável” em Gaza, informou a Unicef nesta sexta-feira (01/12). Em um comunicado, a organização de proteção à criança enfatizou que o número assustador foi registrado antes da trégua entre o governo israelense e o Hamas e enfatizou que “não inclui muitas crianças que ainda estão desaparecidas e que se presume terem sido enterradas sob os escombros”.
O presidente colombiano é um dos porta vozes das mais ferrenhas críticas ao belicismo de Israel desde o início da guerra em Gaza. Em um post no X (antigo Twitter) Petro afirmou que: “Eles dizem que isso não é nazista. Mesmo que a opinião ocidental não goste, o fato do extermínio de 5,3 mil crianças palestinas é nazista, repito, nazista”.
Dicen que esto no es de Nazis. Asi no le guste a la conciencia occidental estos hechos, el exterminio de 5.300 niños y niñas pañestinos es de Nazis, repito de NAZIS. https://t.co/BYlnSdiF0T
— Gustavo Petro (@petrogustavo) December 2, 2023
No dia 31 de outubro, o mandatário colombiano Gustavo Petro anunciou que estava chamando de volta o embaixador da Colômbia em Israel. “Se Israel não parar o massacre do povo palestino, não poderemos estar lá”, ele tuitou.
No dia 15 de outubro, Petro também se colocou firmemente contra o genocídio em curso na Palestina, dizendo que “não apoiamos genocidas” e acrescentou: “Isso se chama genocídio e é feito para retirar o povo palestino de Gaza e se apropriar do território. O chefe do governo que comete esse genocídio é um criminoso da humanidade. Seus aliados não podem falar em democracia”.
Juan Carlos Sierra Pardo
Gustavo Petro, presidente da República. Bogotá, 15 de dezembro de 2022
A respeito dos posicionamentos de Petro, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que “esperamos que apoie o direito de um país democrático de proteger seus cidadãos… e não se alinhem com a Venezuela e o Irã no apoio ao terrorismo do Hamas”.
A trégua entre Israel e o Hamas expirou às 7h da manhã, na sexta-feira (01/12). O anúncio de novos ataques ocorreu depois que as Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram ter interceptado um foguete do território palestino uma hora antes do fim da trégua.
Diante do horror televisionado em tempo real, a América Latina mostra ser a ponta de lança de ação humanitária que pretende trabalhar pela paz e impor limites à sanha de sangue de Israel e dos países aliados e clientes, e impedir a palestinização do mundo.
Gustavo Petro, é um dos líderes que nos mostra que a falta de compromisso da comunidade internacional com a busca da paz é uma derrota moral, política e diplomática. Se o mundo aceitar a atrocidade imposta nestes 50 dias à Palestina, então amanhã estará pronto para aceitar qualquer coisa.