O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, realizou discurso nesta quarta-feira (15/11) um discurso marcado por fortes acusações contra o Estado de Israel e seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Segundo o jornal turco Sabah, Erdogan realizou um pronunciamento para explicar a recente denúncia que seu país promove contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. “É preciso dizer isso claramente: Israel é um Estado terrorista. Israel está cometendo crimes de guerra na Faixa de Gaza”.
A Turquia acusa Netanyahu de cometer um genocídio contra os palestinos residentes na Faixa de Gaza. O documento enviado ao TPI foi divulgado nesta terça-feira (14/11) pelo partido governista turco Justiça e Desenvolvimento (de direita).
Além da ação apresentada em Haia, o governo de Erdogan também tenta articular com líderes de países que se abstiveram na votação de uma resolução da Assembleia Geral da ONU por um cessar-fogo em Gaza, para aumentar o bloco que busca pressionar Israel a retroceder em sua ofensiva contra o território palestino.
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Presidente turco Recep Tayyip Erdogan promove acusação contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu no Tribunal de Haia
Vale recordar que aquela resolução votada na Organização das Nações Unidas (ONU) foi apresentada pela Jordânia e teve 120 votos a favor, 45 abstenções e 14 votos contrários.
Em outro momento do seu discurso, Erdogan disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem a obrigação de tornar público o arsenal nuclear de Tel Aviv, devido às palavras do seu ministro do Patrimônio, Eliyahu, que sugeriu lançar uma bomba contra a Faixa de Gaza, em declaração recente – o funcionário israelense foi suspenso de suas funções devido à repercussão de sua frase.
O presidente turco concluiu seu pronunciamento com uma mensagem dedicada a Netanyahu, que soou ameaçadora: “de qualquer forma, o seu fim está próximo, quer você tenha armas nucleares ou não”. Ainda assim, a declaração faz referência a uma possível condenação do premiê israelense na demanda apresentada pelos turcos no TPI.
A ação promovida pela Turquia não é a única a respeito do tema recebida pelo TPI. Os governos de Argélia e Colômbia se uniram em uma acusação conjunta contra Netanyahu, acusando-o de cometer “genocídio e outros crimes de guerra previstos no Estatuto de Roma”.