Através das suas redes sociais, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, voltou a criticar a ofensiva militar de Israel contra o povo palestino em Gaza, mas usando termos mais fortes, chegando a qualificar o regime de Tel Aviv como “terrorista”.
“O genocídio cometido pelo estado terrorista de Israel em Gaza é uma humilhação para toda a humanidade. Até quando haverá impunidade, até quando haverá uma forma livre de assassinato?”, questionou o mandatário cubano, em mensagem publicada nesta terça-feira (26/12).
El genocidio que comete el estado terrorista de Israel en Gaza es una humillación para toda la humanidad. ¿Hasta cuándo la impunidad, hasta cuándo la vía libre para asesinar? #Cuba, que jamás estará entre los indiferentes, alza su voz por Palestina una y otra vez.#FreePalestine pic.twitter.com/hTH2vxbJZS
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) December 26, 2023
Díaz-Canel também disse que “Cuba, que nunca estará entre os indiferentes, levanta a sua voz pela Palestina novamente”.
A declaração do presidente cubano segue a mesma linha polêmica do seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que criticou o regime de Israel nesta quarta-feira (27/12).
Ministério de Relações Exteriores de Cuba
Miguel Díaz-Canel tem protagonizado diversas ações em apoio à causa palestina nas últimas semanas
“O que esse Netanyahu (premiê israelense) está fazendo é menos do que o que Hitler fez? Não é. Ele é mais rico do que Hitler e recebe o apoio do Ocidente. Todo tipo de apoio vem dos Estados Unidos. E o que eles fizeram com todo esse apoio? Mataram mais de 20 mil habitantes de Gaza”, comentou Erdogan.
A ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza teve início no dia 7 de outubro e já matou mais de 21 mil civis palestinos, além de produzir mais de 55 mil pessoas feridas e profundos dados estruturais no território, com quase a totalidade da sua população desabrigada.
Além das casas, também foram afetados todos os hospitais da região, que enfrentam escassez de água, medicamentos e eletricidade. Outro problema enfrentado pela população local é a falta de alimentos e itens de necessidade básica, cujo abastecimento tem sido racionado pelas forças militares israelenses.
A crise humanitária na região tem sido um dos temas mais debatidos no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), mas seu Conselho de Segurança não foi capaz de aprovar nenhuma resolução para determinar um cessar-fogo devido ao poder de veto dos Estados Unidos, que atua como principal aliado de Israel dentro dessa instância.