Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, conversaram por telefone nesta sexta-feira (22/12) sobre a guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Segundo a agência oficial russa Tass, Putin apoiou os esforços da ANP, que tem sua base na Cisjordânia, e falou em promover iniciativas para uma “desescalada” do conflito, além de ter prometido manter o envio de ajuda humanitária aos palestinos.
“Foi enfatizada a importância de fim imediato ao derramamento de sangue e da retomada do acordo político de resolução dos conflitos no Oriente Médio com base jurídica internacional reconhecida, que prevê o estabelecimento do Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967”, disse em nota o governo russo.
Além disso, o presidente convidou Abbas para visitar a Rússia em uma data a ser confirmada. O embaixador da Palestina na Rússia, Abdel Hafiz Nofal, disse a repórteres que o líder da Autoridade Palestina planejava visitar Moscou no outono, mas a visita foi adiada indefinidamente.
Ainda segundo o comunicado, o lado russo expressou “apoio aos esforços feitos pela liderança palestina liderada por Mahmoud Abbas”.
Reprodução – Al Arabyya
Presidente da Palestina Mahmoud Abbas e presidente da Rússia Vladimir Putin em encontro diplomático
Putin e Abbas também manifestaram a sua intenção mútua de fortalecimento das relações amistosas entre a Rússia e Palestina. Putin disse à mídia russa que “um convite a Abbas para visitar a Rússia continua de pé, o que pode ser feito num momento favorável”.
A Rússia mantém relações com os países árabes e com o país persa Irã, bem como com Israel. O mandatário russo condena a violência de ambos os lados em Gaza e acusa os Estados Unidos de ignorarem a necessidade de um Estado palestino independente.
O presidente russo reuniu-se pela última vez com Abbas há um ano, em uma conferência regional no Cazaquistão. Abbas visitou a Rússia pela última vez há dois anos, segundo a mídia russa.
De acordo com as autoridades da saúde, as hostilidades em Gaza vitimou fatalmente mais de 20 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças. Israel atacou brutalmente a Faixa de Gaza em resposta à incursão do Hamas em 7 de outubro.
Os ataques deixaram Gaza em ruínas, com 60% das infraestruturas do território danificadas ou destruídas, e quase 2 milhões de pessoas deslocadas devido à escassez de alimentos e de água potável.
(*) Com Ansa