A Rússia condenou veemente, nesta quarta-feira (31/07), o assassinato do líder do movimento palestino Hamas Ismail Haniyeh após um ataque contra o prédio onde estava alojado, no Irã.
O comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores russo considera que os responsáveis “por esse assassinato político entendem que a ação estava repleta de consequências perigosas para toda a região”.
A chancelaria também considerou que “não há dúvida de que o assassinato de Ismail Haniyeh terá um impacto extremamente negativo nas negociações entre o Hamas e Israel para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza”.
O ministério concluiu a nota exortando todas as partes envolvidas “a mostrar moderação e abandonar passos que poderiam levar a uma degradação dramática da situação de segurança na região, e provocar um confronto armado em larga escala”.
O Hamas confirmou também nesta quarta-feira que o chefe do gabinete político do movimento se hospedava em uma residência de veteranos no norte de Teerã, onde estava a convite oficial para participar da cerimônia de posse do presidente eleito da República Islâmica do Irã, Masoud Pezeshkian, e foi morto ao ser atingido por um projétil.
Por sua vez, em resposta à violação de sua soberania e ao assassinato de um aliado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que vai “exercer vingança” pelo ato.
O país também pediu à Rússia, que ocupa a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), que convocasse uma reunião de emergência.
A reunião foi confirmada pelo vice-chanceler da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyansky, e teve seu início às 17h desta quarta-feira.
(*) Com Sputnik