Os bombardeios de Israel seguem intensos na Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde do Hamas anunciou nesta sexta-feira (29/12) que as operações militares israelenses na região já deixaram 21.507 mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Também nesta sexta, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) acusou o Exército israelense de disparar contra um de seus comboios de ajuda humanitária.
Segundo o ministério palestino, os mais de 21 mil mortos incluem as 187 vítimas das últimas 24 horas. Quase 60 mil pessoas foram feridas.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) também anunciou na sexta-feira no X, antigo Twitter, que “308 pessoas que encontraram refúgio em abrigos” da agência foram mortas desde o início da guerra, e outras 1.095 ficaram feridas.
“Não há lugar seguro em Gaza”, acrescentou a UNRWA na sua publicação.
“Soldados israelenses dispararam contra um comboio de ajuda que retornava do norte de Gaza, usando uma rota designada pelo Exército israelense. Nosso líder do comboio internacional e sua equipe não ficaram feridos, mas um veículo foi danificado”, disse o diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, no X (antigo Twitter).
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Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos acusou Israel de atacar abrigo humanitário
“Os trabalhadores humanitários nunca devem ser um alvo”, acrescentou. Uma fonte da UNRWA disse à AFP que o incidente ocorreu na tarde de quinta-feira (28/12).
Questionado pela imprensa, o Exército israelense disse que está verificando a informação.
O chefe das operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, criticou fortemente as condições para a entrega de ajuda a Gaza, citando “comboios alvo de tiros. Atrasos nos pontos de passagem”, no X.
Ele denunciou ainda o fato de os trabalhadores humanitários serem “eles próprios deslocados, mortos”, lembrando também que “a população traumatizada” e “exausta” está amontoada “num pedaço de terreno cada vez menor”.
“Três níveis de inspeções antes do regresso dos caminhões. Confusão e longas filas. Uma lista cada vez mais longa de produtos rejeitados”, lamentou também.
Advertindo sobre “uma situação impossível para o povo de Gaza e para aqueles que vêm em seu auxílio”, Griffiths insistiu: “os combates devem parar”.