As Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) se retiraram nas primeiras horas desta sexta-feira (06/09) das cidades de Jenin e Tulkarem, na Cisjordânia, após 10 dias de ataques durante os quais dezenas de vítimas palestinas morreram, incluindo crianças, além de provocar uma destruição generalizada na região.
As informações foram reveladas pela agência de notícias palestina Wafa, que acrescentou ter se tratado da operação militar mais longa na história da Cisjordânia. O Ministério da Saúde local contabilizou que pelo menos 36 pessoas foram mortas nesse período.
De acordo com o veículo, após a retirada do exército israelense, equipes de defesa civil palestinas, juntamente com funcionários de obras públicas, iniciaram uma força-tarefa para restaurar os serviços essenciais. Antes do recuo, as forças ocupantes cortaram a energia de várias áreas de Jenin e de sua zona rural.
Em comunicado, as IDF não comentaram se suas tropas estavam se retirando do local. A nota apenas informava que 14 membros de grupos armados palestinos haviam sido mortos em Jenin nos últimos dias.
Nesse sentido, os moradores locais continuam expressando “medo” de um possível retorno do exército sionista à região. Isso porque casos como esse ocorreram recentemente. Na quinta-feira (05/09), as tropas israelenses voltaram a invadir a cidade de Tulkarem após uma breve retirada ao amanhecer. Outra ocasião parecida ocorreu em 29 de agosto, quando as forças ocupantes também se retiraram por um curto espaço de tempo após assassinar o comandante das Brigadas Quds da cidade, Abu Shujaa.
Os ataques a Jenin não cessaram desde que Israel iniciou sua megaoperação à Cisjordânia, em 28 de agosto. E não se tratando de uma retirada completa, os confrontos continuam em outras áreas próximas, incluindo o campo de refugiados de Balata, em Nablus.
(*) Com Telesur