Os ministros de Relações Exteriores de Cuba e da Venezuela de manifestaram nesta segunda-feira (12/02) sobre os ataques que vem sendo realizados pelo Exército de Israel à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, desde o dia anterior. A ação já resultou na morte de mais de 100 civis.
O primeiro em se manifestar foi o chanceler venezuelano Yván Gil, em uma nota na qual enfatiza que Caracas “condena veementemente as ações empreendidas pelo governo de Israel no âmbito da expansão da ofensiva militar na Faixa de Gaza em direção a Rafah”.
Em seguida, o comunicado venezuelano assinala que “este plano do sionismo israelense visa continuar a implementação de sua política criminosa e expansionista nesta cidade, que alberga mais de um 1,4 milhão de palestinos”.
#Comunicado Venezuela condena enérgicamente las acciones emprendidas por el Gobierno de Israel en el marco de la expansión de la ofensiva militar en la Franja de Gaza hacia Rafah, en el extremo meridional. Este plan del sionismo israelí pretende seguir implementando su política… pic.twitter.com/w7YshqVmvi
— Yvan Gil (@yvangil) February 12, 2024
“Estas ações cruéis e desumanas contribuem para agravar as consequências e as condições de deterioração vividas pela população na Faixa de Gaza e impedem o acesso à ajuda humanitária essencial para a sobrevivência”, acrescenta o chefe da diplomacia do governo de Nicolás Maduro.
VTV
Cuba e Venezuela defendem um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza
Ao finalizar sua nota, Gil reiterou “o apelo às Nações Unidas e à comunidade internacional para que tomem decisões urgentes e conclusivas que impeçam Israel de criar outra Nakba e de continuar a sua política catastrófica de extermínio do povo palestino”.
A declaração faz referência à “Nakba”, que é como os árabes se referem ao processo de expulsão de seus cidadãos palestinos do território que era da então colônia britânica na região, o que abriu caminho para a instalação de colonos no que resultaria na fundação do atual Estado de Israel. A palavra “nakba” significa “catástrofe” em idioma árabe.
Por sua vez, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, denunciou que Tel Aviv “ignora os apelos da comunidade internacional para respeitar o Direito Internacional Humanitário e impedir o extermínio do povo palestino”.
Ofensiva Israel en #Rafah desoye llamados de comunidad internacional a respetar Derecho Internacional Humanitario y detener exterminio de pueblo palestino.
Bombardeo de 1.4 millones personas hacinadas en 55km² constituye nueva prueba de genocidio israelí en Gaza.#FreePalestine pic.twitter.com/aH1DXaZDI6
— Bruno Rodríguez P (@BrunoRguezP) February 12, 2024
Em sua nota, o representante do governo de Miguel Díaz-Canel disse que o “bombardeio de 1,4 milhão de pessoas amontoadas em 55 quilômetros quadrados constitui uma nova evidência do genocídio realizado pelo governo israelense contra os civis que vivem em Gaza”.