Após críticas dos Estados Unidos e da União Europeia, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, adotou um tom diferente para falar do conflito entre Moscou e Kiev, nesta terça-feira (18/04), afirmando que seu governo condena “a violação da integridade territorial da Ucrânia”.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa ao lado de Klaus Werner lohannis, mandatário da Romênia – país vizinho da Ucrânia – em viagem diplomática ao Brasil.
“Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Falei [com o presidente romeno] da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu”, afirmou Lula em discurso.
O presidente brasileiro voltou a afirmar a necessidade de negociações de paz destacou que é preciso criar “urgentemente um grupo de países que tente sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”.
Twitter/Lula – Foto de Ricardo Stuckert
Presidente brasileiro voltou a reiterar necessidade de negociações de paz entre Moscou e Kiev
As falas de Lula na China e nos Emirados Árabes Unidos equiparando as responsabilidades de Rússia e Ucrânia na guerra e dizendo que os países ocidentais precisavam parar de enviar armas a Kiev não foram bem recebidas pelos EUA e a UE.
Na noite da última segunda-feira (17/04), o chanceler Mauro Vieira rebateu os norte-americanos, dizendo que “não concordava” com a afirmação do porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, sobre o Brasil “papaguear discurso russo e chinês” sobre a guerra.
(*) Com Ansa