As forças da Ucrânia receberam ordem para se retirar da cidade de Severodonetsk, deixando a Rússia mais perto de reivindicar a conquista de toda a província de Lugansk, no leste do país.
“Permanecer em posições que foram implacavelmente bombardeadas durante meses simplesmente não faz sentido”, declarou Sergey Gaidai, governador de Lugansk, província que integra a região do Donbass junto com a vizinha Donetsk.
De acordo com ele, 90% de Severodonetsk foi danificada pelos ataques da Rússia, cujas tropas agora avançam para conquistar a cidade vizinha de Lysychansk.
Se confirmar a captura desses dois municípios, Moscou poderá reivindicar o controle sobre todo o território de Lugansk, que é palco de conflitos separatistas desde 2014.
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Rússia fica mais perto de reivindicar a conquista da província de Lugansk
Assim como ocorreu em Mariupol, a resistência ucraniana em Severodonetsk está limitada à área industrial da cidade. No início da guerra, as forças invasoras tentaram conquistar a capital Kiev, mas foram repelidas e passaram a se concentrar na tomada do Donbass, região de maioria étnica russa.
Status de candidata à Ucrânia na União Europeia
Os líderes dos 27 países da União Europeia se reúnem entre os dias 23 e 24 de junho, quinta e sexta-feira, em Bruxelas, para conceder o status de candidata à Ucrânia, que pediu sua entrada ao bloco após a ofensiva militar promovida pela Rússia.
A Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, já recomendou o início formal do processo de adesão, mas a decisão final cabe ao Conselho Europeu.
A concessão do status de candidato precisa da aprovação unânime dos 27 Estados-membros, mas, ao menos publicamente, nenhum país expressou contrariedade. Essa etapa, no entanto, é mais simbólica do que prática, e representantes da UE já deixaram claro que a Ucrânia não terá atalhos para entrar no bloco.
(*) Com Ansa.