O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, visitaram Kiev, apital da Ucrânia, nesta quinta-feira (16/06) e se reuniram com o presidente Volodymyr Zelensky.
A reunião com Zelensky ocorreu após a visita a Irpin, cidade na província de Kiev, que também teve a participação do presidente da Romênia, Klaus Iohannis. Além do fornecimento de armas, o encontro girou em torno do pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia e da iminente crise alimentar no planeta.
Além disso, o presidente da Ucrânia aceitou um convite da Alemanha para participar da próxima cúpula de líderes do G7, entre 26 e 28 de junho, na Baviera.
“Caros amigos, apreciamos que vocês estejam conosco hoje, às vésperas de importantes eventos internacionais para todos nós e a Europa”, declarou Zelensky em uma coletiva de imprensa conjunta com os quatro líderes do bloco europeu, antes de pedir armas “mais pesadas e modernas” para o conflito, afirmando que “cada arma é uma vida humana salva”.
Draghi, que enfrenta resistência em seu governo para mandar mais armas à Ucrânia, disse querer a “paz”, mas ressaltou que Kiev tem o direito de se defender.
Twitter/Olaf Scholz
Além do fornecimento de armas, encontro girou em torno do pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia
O premiê também garantiu que a Itália quer que a Ucrânia receba o status de país-candidato à União Europeia, tema que será discutido em uma reunião de líderes do bloco entre 23 e 24 de junho, e alertou que o tempo para desbloquear os portos ucranianos e evitar uma crise alimentar está acabando.
“Temos duas semanas para desminar os portos. Uma série de prazos cada vez mais urgentes nos aproxima do drama inexoravelmente. É preciso criar corredores seguros com máxima urgência para o transporte dos grãos e evitar uma catástrofe”, ressaltou.
Macron e Scholz também defenderam a concessão do status de país-candidato à Ucrânia, o que iniciaria formalmente o processo de adesão. “A Alemanha apoia uma decisão favorável para a Ucrânia, e isso também vale para a Moldávia”, explicou o chanceler.
“A Ucrânia faz parte da Europa, e essa guerra mudará a história da Europa. Estamos do lado da Ucrânia para acompanhá-la nessa perspectiva. Todos os nossos quatro países apoiarão o status de candidato”, garantiu o presidente francês.
Por sua vez, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, por meio das redes sociais, alertou que as promessas da União Europeia “não aproximam a Ucrânia da paz”.
(*) Com Ansa