O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma reunião por videoconferência com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na tarde desta quinta-feira (02/03).
Durante a conversa, o mandatário brasileiro apresentou novamente sua proposta de criar um grupo de países neutros que possam mediar uma negociação buscando primeiro um cessar fogo entre Rússia e Ucrânia, para depois iniciar o diálogo para um acordo de paz.
“A guerra entre Ucrânia e Rússia não é boa para ninguém. O Brasil participará de qualquer esforço em busca da paz, e reafirmei isso ao presidente Zelensky”, afirmou Lula em suas redes sociais.
A guerra entre Ucrânia e Rússia não é boa para ninguém. O Brasil participará de qualquer esforço em busca da paz, e reafirmei isso ao presidente @ZelenskyyUa. Torço para que não existam mais mortes e para que se possa estabelecer uma política de diálogo.
?: @ricardostuckert pic.twitter.com/bKVP7zRtpV
— Lula (@LulaOficial) March 2, 2023
O presidente também enfatizou que torce “para que não existam mais mortes e para que se possa estabelecer uma política de diálogo”.
Zelensky também comentou sobre a conversa com Lula em uma mensagem publicada em sua conta de Twitter, na qual agradeceu o voto brasileiro a favor da resolução aprovada na última sessão extraordinária da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ricardo Stucket
Lula conversou com Zelensky sobre proposta de criação de grupos de países neutros para mediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia
“Tive um telefonema com o presidente do Brasil, Lula da Silva. Agradeci a ele por apoiar a nossa resolução”, afirmou o líder ucraniano, embora a autoria do documento aprovado tenha sido da delegação da Alemanha [o que não muda o fato de que o texto era abertamente favorável ao ponto de vista ucraniano sobre o conflito].
Nesta mesma quinta, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse “lamentar” a posição do Brasil a favor da resolução, considerada pelo Kremlin como um “documento infestado por um forte discurso antirrusso”.
“O voto mostra que foram feitas considerações outras que não aquelas sóbrias e uma profunda avaliação sobre o que ocorre e o que precedeu essa situação atual (…) Se o Brasil fosse capaz de apreciar de forma completa a lógica intrincada desse caso trágico e desafiador, então acho que o Brasil votaria numa forma que pelo menos seria de abstenção”, analisou Ryabkov em resposta a uma pergunta feita pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, durante uma coletiva em Genebra.
A conversa entre Zelensky e Lula também foi marcada por um convite para que o brasileiro visite Kiev. Em resposta, o mandatário sul-americano disse que o fará “em um momento oportuno”.
“Destacamos a importância de defender o princípio da soberania e integridade territorial dos Estados. Também discutimos os esforços diplomáticos para trazer a paz de volta à Ucrânia e ao mundo”, concluiu o presidente do país europeu.
I had a phone call with President of ?? @LulaOficial. Thanked for supporting our @UN resolution. We highlighted importance of upholding the principle of sovereignty & territorial integrity of states. We also discussed diplomatic efforts to bring peace back to ?? and the world.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 2, 2023