Antes de uma reunião dos chanceleres da União Europeia (UE) em Bruxelas, nesta terça-feira (30/08), a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, se posicionou contra a proibição de vistos para cidadãos russos.
Colonna declarou que é “importante separar o presidente russo e seu círculo”, que apoiam a operação da Rússia na Ucrânia, dos cidadãos russos, como estudantes e jornalistas.
Segundo a ministra, a França quer continuar mantendo laços com o povo russo, ressaltando que empresários russos próximos de Putin já estão sujeitos a sanções e, portanto, não podem viajar para a Europa.
O porta-voz do governo francês, Olivier Véran, disse anteriormente que Paris não tinha uma posição clara sobre a proposta de proibir a emissão de vistos Schengen – dos países europeus – aos russos e indicou que a questão será discutida a nível do bloco.
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, comentou que os países da UE atualmente não têm uma posição comum sobre a emissão de vistos para cidadãos russos.
A questão do visto será discutida em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga, na República Tcheca, entre esta terça-feira (30/08) e a próxima quarta (31/08).
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Questão do visto será discutida em reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga
Segundo a Comissão Europeia, os Estados-membros da UE podem limitar a emissão de vistos por conta própria, mas sempre haverá categorias que devem receber vistos, por exemplo parentes que permanecem na UE e jornalistas ou dissidentes — casos humanitários também são passíveis de liberação.
Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. Entre os países que já anunciaram a suspensão de vistos para russos estão Letônia, Lituânia, Estônia, República Tcheca, Eslováquia e Países Baixos. Porém não é uma suspensão total: em quase todos os casos há exceções por motivos de estudo ou comparecimento a funerais de parentes próximos.
Moscou classifica as decisões de uma demonstração “chauvinista”. Segundo declarou o departamento de informação e imprensa da chancelaria russa, se a medida fosse aprovada pelas autoridades europeias, “haveria consequências”.
O Kremlin afirmou anteriormente que, se os vistos Schengen para seus cidadãos forem suspensos, a Rússia reagirá “muito negativamente e tomará contramedidas”.
(*) Com Sputniknews