Dois prédios residenciais na capital da Ucrânia, Kiev, foram atingidos por mísseis nesta terça-feira (15/11), afirmou o prefeito da cidade após relatos de que sirenes de alerta soaram em todas as regiões do país.
“Há um ataque contra a capital. De acordo com informações preliminares, dois prédios residenciais foram atingidos no distrito de Pechersk. Vários mísseis foram disparados sobre Kiev por sistemas de defesa aérea. Médicos e socorristas estão no local dos ataques”, afirmou o prefeito Vitali Klitschko num comunicado divulgado no Telegram.
O vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, afirmou que os mísseis foram disparados por forças russas. Ele divulgou imagens do aparente local do ataque, que mostram chamas em um prédio residencial da era soviética.
“O perigo não acabou. Permaneçam em abrigo”, disse Tymoshenko em comunicado divulgado nas redes sociais.
Segundo a agência de notícias Reuters, ao menos duas explosões foram ouvidas em Kiev nesta terça, e fumaça pôde ser vista sobre a capital. Um correspondente relatou ter visto moradores abalados diante da lateria em chamas de um prédio de cinco andares.
Gleb Garanich/REUTERS
Imagem da agência Reuters mostra prédio residencial de Kiev em chamas
O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, afirmou que o ataque foi uma resposta ao discurso em vídeo feito horas antes pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, aos líderes do G20, durante o qual ele pediu pressão sobre o Kremlin pelo fim da invasão à Ucrânia.
“A Rússia responde ao forte discurso de Zelenski no G20 com um novo ataque com mísseis. Alguém acha que o Kremlin realmente quer paz? Ele quer obediência. Mas no fim do dia, terroristas sempre saem perdendo”, afirmou Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, no Twitter.
Nas últimas semanas, forças russas vêm mirando a infraestrutura energética da Ucrânia e atacou Kiev com mísseis e drones. A última vez que a capital havia sido alvo de ataques russos havia sido há quase um mês, em 17 de outubro.
Os ataques aéreos desta terça são os primeiros desde a retirada das forças russas e retomada pela Ucrânia da cidade de Kherson, no sul do país. O recuo, anunciado por Moscou na última quarta-feira, foi considerado um revés para o Kremlin, já que essa era a única capital regional que os russos haviam capturado desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro.