Domingo, 18 de maio de 2025
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Vazamentos da inteligência dos Estados Unidos apontam que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em reuniões a portas fechadas, teria planejado ataques dentro do território russo. A informação foi publicada pelo The Washington Post no último sábado (13/05).

De acordo com os documentos vazados do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que incluem correspondência pessoal entre o presidente da Ucrânia e o seu comando militar, Zelensky teria manifestado planos de atingir alvos dentro das fronteiras da Rússia com o uso de mísseis de longo alcance fornecidos pelos parceiros estrangeiros.

Ao mesmo tempo, as interceptações dão conta que o líder ucraniano sugeriu destruir o oleoduto Druzhba, na Hungria, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em meados de fevereiro, durante uma reunião com a vice-primeira-ministra ucraniana Yulia Sviridenko. O oleoduto é responsável pelo transporte de petróleo da Rússia para a Hungria.

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“Zelenskyy destacou que (…) a Ucrânia deveria simplesmente explodir o oleoduto e provavelmente destruir a indústria húngara (do primeiro-ministro) Viktor Orban, que é fortemente baseada no petróleo russo”, diz o documento.

Publicação indica que presidente ucraniano planejava destruir oleoduto da Hungria que recebe petróleo russo

Rawpixel

Zelensky teria manifestado planos de atingir alvos dentro das fronteiras da Rússia com o uso de mísseis de longo alcance, segundo vazamento

Se comprovada a autenticidade dos documentos, as interceptações põem em xeque a narrativa com a qual Zelensky angariou apoio irrestrito no Ocidente, prometendo usar o apoio financeiro e militar apenas para fins de defesa, para repelir os ataques russos dentro do território ucraniano.

“[Os documentos] revelam um líder com instintos agressivos que contrastam fortemente com sua imagem pública como o estadista calmo e estoico que resiste ao ataque brutal da Rússia”, destaca a publicação norte-americana.

O vazamento ocorre em meio à turnê do presidente ucraniano na Europa, que se encontra no Reino Unido nesta segunda-feira (15/05), onde encerra as viagens no continente após ter se reunido com as lideranças da Itália, Alemanha e França durante o fim de semana. O objetivo é angariar mais apoio financeiro e militar para a contraofensiva que a Ucrânia vem preparando contra a Rússia.