Chegou a mais de 1,5 milhão o número de refugiados da Ucrânia desde o começo da invasão promovida pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro. A cifra foi divulgada neste domingo (06/03) pelo alto comissário das Nações Unidas (ONU) para refugiados, o italiano Filippo Grandi, em seu perfil no Twitter.
“Mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia entraram nos países vizinhos em 10 dias – é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou Grandi.
O principal país de destino dos refugiados é a Polônia, que já acolheu mais de 920 mil pessoas desde o início da invasão, sendo 129 mil apenas no último sábado (05/03). A Ucrânia tem 44 milhões de habitantes.
Conflitos ocorrem por todo o país, especialmente na costa do Mar Negro, em Kharkiv e nos arredores da capital Kiev. Até o momento, a maior cidade conquistada pelos russos é Kherson, de cerca de 300 mil habitantes, e os invasores também tomaram a principal central nuclear da Ucrânia, em Zaporizhzhia.
De acordo com as Forças Armadas da Rússia, a ofensiva já atingiu 2,2 mil alvos militares ucranianos, enquanto Kiev reivindica a morte de 11 mil soldados russos.
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‘É a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial’, afirmou comissário da ONU para refugiados
Papa cobra corredores humanitários
O papa Francisco cobrou neste domingo (06/03) a criação de corredores humanitários na Ucrânia para permitir a evacuação de civis e a entrada de ajuda.
“Não se trata apenas de uma operação militar, mas de uma guerra que semeia morte, destruição e miséria. Dirijo meu apelo desesperado para que se assegure verdadeiramente os corredores humanitários e para que seja garantido e facilitado o acesso de ajudas às zonas assediadas para oferecer socorro vital a nossos irmãos e irmãs oprimidos pelas bombas e pelo medo”, afirmou o pontífice.
Moscou e Kiev chegaram a anunciar a criação de corredores humanitários em Mariupol e Volnovakha, no sudeste da Ucrânia, no último sábado (05/03), mas a tentativa de evacuação fracassou em meio a acusações mútuas de boicote.
Segundo o governo ucraniano, a Rússia não interrompeu os ataques ao longo dos corredores humanitários, enquanto o Kremlin diz que nacionalistas da Ucrânia impediram a retirada de civis. Uma nova tentativa de evacuação em Mariupol foi iniciada neste domingo.
*Com Ansa