O apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à Ucrânia, em seu conflito com a Rússia, levou a um esgotamento dos arsenais da aliança militar atlântica, segundo palavras do secretário-geral da entidade, o norueguês Jens Stoltenberg.
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (19/06), o chefe executivo da Otan afirmou que já contactou autoridades políticas e militares dos países envolvidos na organização, alertando sobre a necessidade de repor “o mais rapidamente possível” o estoque de armas e munições.
A falta de armas nos estoques da entidade é explicado pelo apoio desta à Ucrânia, que enfrenta um conflito bélico contra a Rússia desde fevereiro de 2022, e conta com a aliança atlântica como seu principal aliado – embora Stoltenberg se negue a admitir que a Otan esteja diretamente envolvida no conflito.
Apesar da situação, o secretário-geral afirmou que é contra um “congelamento” do conflito entre Kiev e Moscou, alegando “o que precisamos agora é de um compromisso dos integrantes do bloco em destinar pelo menos 2% do PIB para gastos com Defesa, objetivo que apenas alguns países atingiram neste ano”.
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Stoltenberg pediu aos países membros da Otan que reponham estoque de armas e munições ‘o mais rápido possível’
Stoltenberg também se disse contrário às iniciativas conhecidas para se mediar uma negociação de paz, apresentadas recentemente pelo Brasil, pela China e pela União Africana de Nações.
Segundo o chefe da Otan, as três propostas seriam inaceitáveis porque, apesar de estarem dispostas a conversar com os dois lados, esse diálogo acabaria “validando alguns argumentos da Rússia”.
“Só será possível um acordo de paz seguro a partir da proposta que será apresentada pelo presidente (da Ucrânia) Zelensky”, acrescentou Stoltenberg.
(*) Com informações de RT