O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, anunciou nesta sexta-feira (25/02) que a aliança militar ocidental irá ativar um plano de defesa e reforçar a presença de tropas no leste da Europa.
A decisão é em resposta à ofensiva russa na Ucrânia, porém a medida deixa de fora tropas de ajuda no território ucraniano.
“Ativamos os planos de defesa da Otan para nos prepararmos para responder a uma série de contingências e assegurar o território da aliança, recorrendo também às nossas forças de resposta rápida”, declarou o líder da Otan. Segundo ele, milhares de homens e 100 aeronaves já foram mobilizados, além de cerca de 20 unidades navais no Mediterrâneo.
Para a Otan, a decisão de Putin “foi um terrível erro de estratégia, pelo qual a Rússia pagará um alto preço nos próximos anos em termos políticos e econômicos”. Apesar disso, a Ucrânia não faz parte da organização e por isso não terá presença militar da aliança em seu território.
Durante a reunião entre líderes europeus, o ministro da Defesa do Reino Unido, James Heappey, disse que mil soldados de seu país estão de prontidão para “apoiar” os países vizinhos à Ucrânia – Hungria, Eslováquia, Romênia e Polônia – com os “desafios humanitários esperados que enfrentarão”.
NIDS/NATO Multimedia Library
Secretário-geral da organização disse que a aliança militar irá reforçar apoio nos territórios vizinhos à Ucrânia
Na cúpula desta sexta, participaram, além dos Estados-membros, a Finlândia e a Suécia, dois países que Moscou não quer que sejam aderidos à aliança, conforme reiterado pelo ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Também nesta sexta, o conselho da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou a decisão de interromper formalmente o processo de adesão da Rússia ao grupo, iniciado em 2014, e fechar o seu escritório em Moscou, em resposta à invasão russa na Ucrânia.
“A OCDE está firmemente solidária com o povo ucraniano”, diz a nota oficial, que condena “com maior firmeza a agressão em larga escala da Rússia contra a Ucrânia”.
No dia anterior, o presidente Joe Biden havia reafirmado, em discurso veiculado pela Casa Branca, o compromisso “de ferro” com o artigo 5 da Otan, que prevê o “princípio da defesa coletiva” entre os países da aliança militar.
(*) Com Ansa.