O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, anunciou logo após encontro dos países da aliança, nesta quinta (24/03), em Bruxelas, na Bélgica, que as posições militares na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia serão reforçadas com 40 mil militares.
Ele também confirmou que a Otan fornecerá a Kiev mais material bélico, além de drones, sistemas de defesa aérea e antitanque.
O encontro desta quinta contou com a presença do primeiro-ministro inglês Boris Johnson, do presidente da França Emmanuel Macron, do chanceler alemão Olaf Scholz, além do presidente norte-americano Joe Biden e de seu secretário de Defesa, Lloyd Austin.
“Os aliados da Otan vão ampliar seu apoio e continuarão a providenciar mais apoio político e prático à Ucrânia enquanto ela continuará a se defender”, diz a aliança em nota oficial, acrescentando que os países-membros da Otan também vão “continuar a providenciar assistência em várias áreas como segurança cibernética e proteção contra ameaças de natureza química, biológica, radiológica e nuclear”.
O comunicado fala ainda em “determinação” para “deter as tentativas da Rússia para destruir os fundamentos da segurança e estabilidade internacionais”, e defende que “sanções massivas com custos políticos foram impostas contra a Rússia para tentar fazer essa guerra chegar ao fim”.
A nota cobra formalmente a China para que “defenda a ordem internacional incluindo os princípios de soberania e integridade territorial” se abstendo de “apoiar os esforços russos em qualquer sentido”, “para evitar qualquer ação que ajude a Rússia a contornar as sanções”.
Twitter Missão da Eslovênia na Otan
Líderes dos 30 países-membros da Otan
Durante o encontro, também foi anunciada a decisão de prorrogar o mandato de Stoltenberg por mais um ano e meio na liderança da aliança devido às circunstâncias da guerra.
“Honrado com a decisão dos chefes de Estado e de governo da Otan de prorrogar meu mandato como secretário-geral até 30 de setembro de 2023. Enquanto enfrentamos a maior crise de segurança de uma geração, estamos prontos para manter a nossa aliança forte e a nossa gente segura”, afirmou o secretário-geral nas redes sociais.
Ainda esta quinta, a Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução que pede a imediata interrupção das “hostilidades por parte da Rússia” na Ucrânia. O texto recebeu 140 votos a favor e apenas cinco contra, incluindo o da própria Rússia, além de 38 abstenções.
No dia anterior, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou um projeto de resolução preparado pela Rússia sobre a situação humanitária na Ucrânia, pedindo acesso humanitário para entrega de ajuda e proteção de civis. Para ser aprovada, a resolução precisava de um mínimo de nove votos favoráveis no conselho de 15 membros e nenhum veto dos quatro membros com poder de veto. Mas nesta votação, a Rússia obteve apoio apenas da China, com a abstenção dos outros 13.
(*) Com Ansa e Brasil de Fato.