Durante seu discurso na 10ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional nesta terça-feira (16/08), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que Washington quer “prolongar” a guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
“A situação na Ucrânia demonstra que os Estados Unidos estão buscando prolongar o conflito. Além disso, estão agindo de forma similar e alimentando o potencial de conflitos na Ásia, na África e na América Latina”, disse o mandatário.
Além disso, Putin afirmou que o Ocidente “usa o povo ucraniano como carne de canhão” e que essas nações “têm necessidade de conflitos para manterem a sua hegemonia” no mundo. Segundo o mandatário, eles têm um “projeto anti-Rússia, fecharam os olhos para o uso da ideologia neonazista e sobre a morte em massa de civis no Donbass e forneceram armas, também pesadas, ao regime de Kiev”.
O presidente russo ainda afirmou que a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan no início de agosto foi uma tentativa de “desestabilizar” a região indo-pacífica.
“Como vocês sabem, recentemente, os Estados Unidos tentaram mais uma vez, deliberadamente, jogar gasolina no fogo e estremecer a situação na região Ásia-Pacífico. A aventura norte-americana em Taiwan não foi só uma viagem de um único político irresponsável, mas faz parte de uma estratégia deliberada e consciente dos EUA para desestabilizar e deteriorar a situação na região. Uma falta de respeito”, completou.
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Putin afirmou que nações do Ocidente "têm necessidade de conflitos para manterem a sua hegemonia"
Após o discurso de Putin, o Ministério da Defesa informou que fechou um contrato para a entrega de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat. Em junho deste ano, em outro evento, o mandatário russo havia informado que esperava que os Sarmat estivessem disponíveis “até o fim do ano”, afirmando que dariam “garantias de segurança” à Rússia contra as atuais ameaças”, fazendo refletir quem está nos ameaçando”.
Os mísseis do tipo tiveram o primeiro teste oficial realizado em abril deste ano e os equipamentos têm a capacidade de transportar até 15 ogivas, espécie de arma nuclear encapsulada, para ataque.
(*) Com Ansa