A Rússia afirmou neste sábado (02/09) que derrubou três drones navais ucranianos, que tinham como alvo a ponte estratégica da Crimeia.
De acordo com Ministério da Defesa da Rússia, os drones ucranianos foram derrubados às 2h20 no horário de Moscou (20h20 de Brasília, sexta-feira), o que impediu o ataque à ponte.
Ela liga a península da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014, ao território russo, e é alvo frequente de ataques das forças de Kiev. A Rússia a utiliza para transportar material militar para suas tropas na Ucrânia.
Em 12 de agosto, Moscou afirma ter neutralizado dois bombardeios ucranianos contra a ponte, que atravessa o Estreito de Kerch. Em julho, um ataque provocou várias danos na construção.
Ucrânia reivindica ataque pela primeira vez
O aeroporto de Pskov, uma cidade russa próxima da fronteira com Estônia, Letônia e Belarus, a 700 quilômetros da Ucrânia, foi alvo de drones ucranianos na madrugada de quarta-feira (30/08).
A Ucrânia reivindicou o ataque. Esta foi a primeira vez que o governo ucraniano admitiu que opera dentro do território russo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comemorou o fato de seu país ter atingido um alvo a centenas de quilômetros de distância. As operações coincidem com a contraofensiva ucraniana, iniciada em junho, para tentar expulsar os russos de seu território, mas que registrou poucos avanços até o momento
Kremlin
Putin receberá na segunda-feira (04/09) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na cidade russa de Sochi
Durante o conflito, que começou em fevereiro de 2022, a Rússia sofreu vários bombardeios com drones e supostos atos de sabotagem, além de uma série de ataques de combatentes russos que atuam a favor da Ucrânia.
Putin receberá Erdogan
Na Rússia, durante um encontro com adolescentes no início do ano letivo, o presidente Vladimir Putin elogiou nesta sexta-feira (01/09) o poder militar do país, em referência à vitória na Segunda Guerra Mundial. “Entendi porque ganhamos a guerra. Éramos absolutamente invencíveis e, hoje em dia, continuamos sendo”, declarou Putin.
Na capital ucraniana, o retorno às aulas foi marcado pelas ameaças de bombas contra as escolas, mas o governo não ordenou a saída antecipada dos alunos.
O governo dos Estados Unidos, principal apoio militar e financeiro da Ucrânia, celebrou na sexta-feira “os avanços notáveis” no front sul nas últimas 72 horas.
No setor econômico, mais dois navios cargueiros zarparam de um porto ucraniano e navegam pelo Mar Negro em um corredor marítimo traçado por Kiev, apesar das ameaças de Moscou, que abandonou em julho um acordo com mediação da ONU e da Turquia que permitia a exportação de grãos.
Rússia e Ucrânia são grandes exportadores de produtos agrícolas e países fundamentais para o abastecimento global de alimentos.
A Turquia, no papel de mediadora do acordo, apelou diversas vezes para que a Rússia retome o acordo. Putin receberá na segunda-feira (04/09) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na cidade russa de Sochi, às margens do Mar Negro.