A Rússia anunciou nesta quinta-feira (10/03) sua saída do Conselho da Europa, organização internacional com sede em Estrasburgo, na França.
Moscou já estava suspensa da entidade desde 25 de fevereiro por conta da ofensiva militar à Ucrânia iniciada um dia antes. “O curso dos eventos se tornou irreversível, e a Rússia não tem nenhuma intenção de aturar as ações subversivas do Ocidente”, justificou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, citado pela agência estatal Tass.
Segundo o chanceler, a saída do Conselho da Europa se deve ao “comportamento hostil” dos países europeus e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em relação a Moscou.
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‘Membros da UE e da Otan estão abusando’ por serem maioria na entidade, justificou o chanceler Sergei Lavrov
“Os membros da União Europeia e da Otan estão abusando de sua maioria absoluta no comitê de ministros do Conselho da Europa”, acrescentou Lavrov, dizendo ainda que “a Rússia não tomará parte na tentativa da Otan e da UE de transformar a mais antiga organização europeia em mais um lugar de exaltação da supremacia e do narcisismo do Ocidente”.
O Conselho da Europa foi fundado em 1949 e reúne agora 46 Estados-membros, já sem contar a Rússia. A entidade afirma que seu objetivo é defender os direitos humanos e a democracia no velho continente, abrigando inclusive um braço jurídico, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.