O governo russo declarou neste sábado (02/04) que o diálogo entre a Rússia e a Europa poderá ser restabelecido somente depois que os países do continente se recuperarem da “ressaca dos Estados Unidos”.
“Quando os europeus se recuperarem da ressaca do bourbon norte-americano, e quando finalmente perceberem que terão que cuidar do futuro do nosso continente, da Europa ou mesmo da Eurásia, então chegará a hora de rever nossas relações e chegar ao diálogo, mas isso não acontecerá no curto prazo”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma entrevista divulgada pela Interfax.
A União Europeia e os Estados Unidos prometeram trabalhar em conjunto para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, prestes contas pela invasão à Ucrânia, além de debaterem medidas para isolar ainda mais Moscou das economias dos EUA e da UE, bem como do sistema financeiro internacional.
Além do governo norte-americano, diversos países do bloco já anunciaram sanções contra a Rússia desde o início da guerra em 24 de fevereiro e ajudas aos ucranianos.
Nesta sexta-feira (01/04), inclusive, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que destinará mais US$ 300 milhões para “assistência de segurança”, no objetivo de aumentar as capacidades defensivas da Ucrânia contra a invasão russa.
Reprodução/ @KremlinRussia_E
Diversos países do bloco já anunciaram sanções contra a Rússia desde o início da ofensiva
A ajuda, somada aos US$ 1,6 bilhão já prometidos por Washington, inclui sistemas de foguetes guiados a laser, drones, munição, suprimentos médicos, entre outros.
“Esta decisão ressalta o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a soberania e integridade territorial da Ucrânia em apoio aos seus esforços heroicos para repelir a guerra da Rússia”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em comunicado.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, ressaltou que no fim da guerra só aceitará a vitória. “Uma vitória de verdade significa uma vitória para a Ucrânia e os ucranianos. A questão é quando isso vai acabar. Esta é uma questão profunda. É uma questão dolorosa. Além da vitória, o povo ucraniano não aceitará nenhum resultado”, disse à Fox News.