O governo da Rússia anunciou nesta terça-feira (15/03) uma série de sanções como resposta às ações dos Estados Unidos, punindo o presidente do país, Joe Biden, e o secretário de Estado, Antony Blinken.
Entre as medidas do decreto da chancelaria de Moscou está a proibição de viagens de qualquer uma das pessoas sancionadas à Rússia e o congelamento de ativos em instituições russas. No entanto, a pasta afirma que as punições não impedem “contatos de alto nível necessários” entre os dois governos.
As decisões são semelhantes às adotadas por Washington contra o presidente Vladimir Putin e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Segundo a nota, as medidas já valem a partir desta terça-feira e foram adicionadas à “lista proibida” criada “em resposta a uma série de sanções sem precedentes” contra a Rússia após a ofensiva militar na Ucrânia.
Além dos dois, outros expoentes norte-americanos foram sancionados, como a ex-secretária de Estado Hillary Clinton; o filho de Joe Biden, Hunter Biden; a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki; o chefe do Pentágono, Lloyd Austin; e o chefe da CIA, William Burns.
Outros altos funcionários do governo norte-americano como o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e seu vice, Daleep Singh também foram incluídos na lista de sancionados.
White House / Adam Schultz
Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o presidente Biden serão proibidos de entrar na Rússia
Além dos norte-americanos, as sanções também foram aplicadas a autoridades canadenses como o primeiro-ministro, Justin Trudeau; a ministra das Relações Exteriores, Melanie Joly; a ministra da Defesa, Anita Anand, e mais 300 parlamentares do país, disse a pasta.
Desde o reconhecimento de Moscou das regiões separatistas ucranianas, Donetsk e Lugansk, em 22 de fevereiro, e o início dos ataques bélicos na Ucrânia, em 24 do mesmo mês, a Rússia foi alvo de diversos pacotes de sanções de países ocidentais, como EUA, Reino Unido e membros da União Europeia – além de muitos dos seus aliados.
As medidas atacam tanto políticos ligados a Putin, como empresas, bancos, instituições e oligarcas poderosos do país.
Nesta terça-feira, o Conselho da União Europeia ratificou o quarto pacote de punições e o Reino Unido incluiu mais 370 russos e bielorrussos – país aliado a Moscou – em sua lista de pessoas sancionadas por apoiarem o regime de Putin.
(*) Com Ansa e Sputnik.