O Ministério das Relações Exteriores da Rússia decidiu na noite desta quarta-feira (13/04) impor sanções contra 398 membros do Congresso dos Estados Unidos e outros 87 senadores do Canadá.
A medida é uma resposta a uma decisão semelhante adotada pelo governo de Joe Biden e foi divulgada pela agência russa Tass.
“Em reação a uma nova onda de sanções anti-russas anunciadas em 24 de março pelo governo Biden contra 328 deputados da Duma, foram adotadas medidas punitivas recíprocas contra 398 membros da Câmara de Representantes dos Estados Unidos”, diz o governo russo em comunicado.
A Rússia divulgou os nomes de todos os congressistas norte-americanos punidos. Entre as medidas está a proibição da entrada deles no território russo.
Em outra nota, a chancelaria russa anunciou sanções semelhantes aos senadores canadenses e ressaltou que serão aplicadas mais medidas contra o Canadá por suas políticas “carentes de visão”.
Após o começo da ofensiva da Rússia na Ucrânia, Estados Unidos e a União Europeia aplicaram sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, e seu chanceler, Sergei Lavrov. A medida segue sendo utilizada, já que o governo britânico divulgou mais cedo que está ampliando, em coordenação com o bloco europeu, a lista de pessoas sancionadas.
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Rússia divulgou os nomes de todos os congressistas norte-americanos punidos
O documento inclui 178 separatistas pró-Moscou e mais oligarcas que têm suposta relação com o presidente Putin.
‘Arrastar’ negociações de paz
O governo russo acusou a Ucrânia nesta quarta de prolongar as negociações de paz com Moscou enquanto prossegue sua campanha militar durante a guerra.
“Infelizmente, a delegação ucraniana, e tem sido assim em todos esses sete anos, desde que estamos falando do grupo de contato no formato da Normandia, visa seus esforços não para chegar a acordos, mas para arrastar as negociações”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ressaltando que o governo russo conhece “essa tática”.
Apesar disso, a representante informou que os dois países continuam as negociações em reuniões online.
(*) Com Ansa.